Protestos pelo Brasil marcam 10º dia do governo Bolsonaro. Haverá manifestação em Belém.
Na capital, o ato político e cultural será às 18h de hoje, no Mercado de São Brás. Pauta inclui direitos trabalhistas, previdência social e direitos de povos tradicionais.
Movimentos sociais farão protestos, por todo o Brasil, hoje, o décimo dia do governo Bolsonaro. A manifestação nacional está sendo chamada de "Ato Azul e Rosa mais 10 – Seu corpo é político. Vista azul, vista rosa ou não vista, vá como quiser". Em Belém, coletivos se mobilizarão em frente ao complexo do Mercado de São Brás, às 18h. Apesar do que o nome indica, haverá muito mais do que críticas às falas da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, pastora Damares Alves.
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Os participantes estão se organizando, via redes sociais digitais, para criticar várias posições negativas do novo presidente. Entre elas: a retirada da população LGBTI+ das políticas de Direitos Humanos; fim da demarcação de terras indígenas e quilombolas; fim do Ministério da Cultura; e precarização dos direitos e justiça do trabalho e da Previdência Social. A meta é conseguir que as políticas públicas, desses e outros setores, sejam discutidas democraticamente. Não impostas. Ao menos 2 mil pessoas confirmaram presença no evento, via Facebook.
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Será um ato político e cultural, afirmam os organizadores, que pedem a confecção de faixas, cartazes e que instrumentos musicais sejam levados. Doze entidades locais assinam o manifesto de convocação da sociedade paraense. Ao final, será lançado o "Fórum de Resistência pela Diversidade e Lutas Sociais", que congrega entidades da sociedade civil organizada, coletivos e grupos que constroem, cotidianamente, a luta contra às opressões.
O fórum, explicam os organizadores, será "...um espaço de articulação e organização das diversas pautas consideradas urgentes, para serem debatidas pela sociedade frente ao reacionarismo, ódio e a intolerância que se alastram pelo Brasil com mais força desde que o atual presidente chegou ao poder".
"Neste pouco tempo, a gestão já acumula uma série de ataques a diferentes setores da população brasileira. As perdas desastrosas desses dias, aliadas às declarações da titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, deixam claro que é urgente mostrar ao novo governo que a população não ficará inerte assistindo ao dilaceramento de nossos direitos. É fundamental que estejamos organizados para os dias que virão", diz o manifesto do ato.
O manifesto do ato é assinado pelas seguintes entidades: Comunicadores pela Democracia, Cade.as3, Rede Paraense de Pessoas Trans, Instituto Nangetu, Juntos, Afronte!, Olívia, Resistência LGBTI+, Noite Suja, Fórum Estadual de Juventude de Terreiro; Bloco da Canalha; Batuque do Mercado de São Brás.
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