Profissionais de trânsito e transporte convocam ato contra preço dos combustíveis

Manifestação sendo convocada pelas redes sociais, sem lideranças identificadas, mirando o ICMS sobre gasolina, diesel e gás de cozinha

Victor Furtado
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Uma manifestação está sendo convocada, pelas redes sociais digitais, contra o preço da gasolina, do etanol, do diesel e do gás de cozinha. O plano, pelas mensagens informando sobre o ato, é pressionar o Governo do Estado a zerar o imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS), um dos muitos componentes do preço final desses produtos. A partir das 5h desta segunda-feira (22), serão feitos bloqueios em vias públicas, em diferentes pontos. As lideranças estão isoladas e não fazem parte dos sindicatos de categorias que confirmam participação.

A princípio, a manifestação está sendo convocada por categorias de profissionais de trânsito e transporte, como motoristas de aplicativos, caminhoneiros, taxistas, mototaxistas e transporte alternativo complementar. No entanto, não sindicatos de duas categorias de maiores representatividade em atos desse tipo não confirmam liderança e nem apoio: o Sindicato dos Trabalhadores por Aplicativos do Estado do Pará (Sindtapp) e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam).

Euclides Magno, presidente do Sindtapp, explica que a categoria estava sendo mobilizada para uma outra manifestação, que era sobre o trabalho nas plataformas. Só que uma liderança política surgiu e resolveu usar a energia dos trabalhadores para um ato contra o preço dos combustíveis. Revoltados, muitos com tendência mais radical acabaram concordando. A entidade sindical retirou o apoio por acreditar que há outros caminhos.

"Manifestações com fechamento de vias, tirando o direito de ir e vir da população, nós não concordamos. E estamos em diálogo com o Governo do Pará. Tivemos duas reuniões com o Ouvidor do Estado, que nos informou que está sendo feito um estudo de impacto orçamentário, em caso de redução do ICMS, sendo conduzido pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefa). Então se estamos em tratativas, não há por que fazer protestos, ainda mais nesse momento de pandemia. Assim, a categoria pode ser desrespeitada", comentou Euclides.

Eurico Tadeu Miranda, presidente do Sindcam, também reconhece que há grupos radicais convocando manifestações, mas, oficialmente e com apoio do sindicato, nenhuma. "Algumas das pessoas que estão convocando esses atos são até trabalhadores sem registro, que atuam na informalidade. E nós, caminhoneiros, estamos negociando diretamente com o Governo Federal, que nos prometeu uma posição até o final deste mês, então vamos aguardar. Mas temos conhecimento, sim, dessa convocação", declarou.

Há seis pontos sendo anunciados como de concentração e bloqueio: ginásio do Abacatão (Ananindeua), porto Miramar, estação do Marex, Portal da Amazônia e dois postos de combustíveis, sendo um na avenida Augusto Montenegro (Águas Negras) e outro na avenida Pedro Álvares Cabral. A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com o Governo do Pará, em busca de um posicionamento e aguarda resposta.

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