Professora pede ajuda para dar aulas solidárias de reforço escolar, em Belém

Ela atende alunos sem condições financeiras, no bairro do Tenoné

Dilson Pimentel
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A professora Cátia Soares precisa de ajuda para continuar dando reforço escolar para crianças que não têm condições financeiras, no bairro do Tenoné, em Belém. Atualmente, ela tem 35 alunos, dos quais 10 são atendidos gratuitamente. Os demais pagam uma pequena taxa para receber o reforço escolar. Ela também não tem condições de pagar aluguel de um espaço para dar as aulas. Por isso, o reforço ocorre, pela manhã e à tarde, na sala e no pátio da casa da professora.

Esse reforço escolar começou em 2017. “Sou pedagoga e deficiente física (sofro de osteartrite)”, contou. Em 2016, ela ficou desempregada e a única alternativa foi criar esse reforço escolar. “No ano seguinte, começou a minha jornada para engajar o meu novo trabalho. Inicialmente, tinha cerca de 10 crianças, que pagavam uma taxa de R$ 20”, lembrou.

Dois meses depois, triplicou o número de alunos. “Fiquei muito surpresa. Nos anos seguintes foi aumentando cada vez mais e o espaço foi se tornando pequeno. Eu amo a minha profissão, na qual trabalho com dedicação e persistência para poder proporcionar uma educação de qualidade e inclusiva a todos”, contou.

image Professora Cátia Soares em ação: famílias precisam de apoio (Ivan Duarte / O Liberal)

Pais dos alunos não têm salário fixo, diz professora


Por isso, Cátia Soares precisa de ajuda para expandir esse reforço escolar e, futuramente, torná-lo gratuito. “Tenho três monitoras que me auxiliam. Antes da pandemia, eu tinha 50 alunos. Hoje em dia, tenho 35 alunos, mas 10 são gratuitos”, disse.

“É inegável que necessito cobrar uma taxa, para poder complementar a renda e pagar minhas auxiliares. Nesse contexto, os alunos são carentes, e seus responsáveis não possuem um salário fixo. Eles recebem o Bolsa Família. Em uma situação recorrente no Brasil, eles têm que escolher entre a educação de seu filho ou a alimentação. Muitas das vezes, os alunos não têm nem material escolar para estudar - ou seja, sem lápis e caderno, os quais forneço gratuitamente a eles”, disse. Cátia contou que precisa de material escolar, merenda e recursos financeiros para remunera as auxiliares dela.

“Os alunos são carentes, e seus responsáveis não possuem um salário fixo. Eles recebem o Bolsa Família. Em uma situação recorrente no Brasil, eles têm que escolher entre a educação de seu filho ou a alimentação. Muitas das vezes, os alunos não têm nem material escolar para estudar - ou seja, sem lápis e caderno, os quais forneço gratuitamente a eles”

Ela também criou um perfil no Instagram para tentar divulgar esse projeto solidário. “Já doei uniformes a meus alunos, materiais. Tenho parceira com uma padaria daqui do bairro, que fornece alimentos. Faço um trabalho sustentável, e reutilizo materiais como tampinhas de garrafas, papelão, capa de caderno, para educar e criar jogos lúdicos”, explicou. Quatro das crianças são deficientes e elas também precisam de auxílio médico para elas.

image Alunos da escolinha: lição de amor (Ivan Duarte / O Liberal)

Conheça e veja como ajudar:

- Acesso ao Instagram do projeto
- WhatsApp de Cátia é: 991983609;
- As aulas ocorrem, de segunda a quinta, na casa da professora Cátia, na rua 5 de Setembro, número 60, Park dos Pinheiros, no Tenoné;
- Pela manhã: de 8h às 10h30;
- À tarde: das 14h às 16h e das 16h às 18h
- Noites: das 18h às 19h30

image Cerca de 30 alunos são apoiados pelas aulas de reforço no Tenoné (Ivan Duarte / O Liberal)
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