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Prefeitura de Belém realiza ações para combater Aedes Aegypti

Objetivo da ação era sensibilizar a população sobre a importância de prevenir a dengue, chikungunya e zika

Elisa Vaz

Uma série de ações educativas está sendo realizada pela Prefeitura de Belém na manhã deste domingo (5), na Praça da República. A administração municipal promoveu, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), o Dia D de Combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância de prevenir as doenças. Até o momento, foram registrados 583 casos de dengue na capital, segundo a Prefeitura, sem mortes.

Durante a programação, que iniciou às 8h30, a população pode conhecer o trabalho feito pelas equipes de educação em saúde na capital e nos distritos. O estande montado na praça dispunha de maquetes que ajudavam a visualizar possíveis depósitos da larva do mosquito. Também havia jogos pedagógicos, teatro de fantoches e oficina de reaproveitamento de materiais. Além disso, uma equipe do Laboratório Entomológico da Sesma fez uma amostra das fases do ciclo evolutivo do vetor. O público ainda conheceu o funcionamento das ações de controle químico e os equipamentos e produtos que são usados no combate às endemias no município.

O coordenador do Programa de Controle da Dengue da Sesma, Tadeu Morais, explica que o principal objetivo da ação foi conscientizar a sociedade em relação ao surgimento de casos das doenças. “Nós demonstramos como é feito o trabalho da Prefeitura no combate ao vetor, fizemos exposição das nossas metodologias de pesquisas para identificar as espécies de mosquitos, do tipo de material que utilizamos para combater o vetor, e também mostramos a parte educativa, para crianças, jovens e adultos, com os cuidados que devem ter na casa para combater o mosquito”, diz.

Segundo ele, o número de casos da dengue hoje em Belém não é alarmante, mas também é desconfortável. Com a chegada do período chuvoso, no início do ano, é possível que esse número cresça ainda mais. Por isso a necessidade de ensinar os cuidados necessários para reduzir os índices e evitar novos casos.

Em uma das áreas do estande estava uma maquete que reproduzia uma casa, com vários ambientes. Nela, o público deveria encontrar os dez focos onde poderia haver contaminação pelo Aedes Aegypti. A educadora em saúde Wanda Nogueira afirma que muitas pessoas têm a ideia de que somente nos quintais os mosquitos podem se desenvolver, mas que, na verdade, qualquer recipiente com água parada, mesmo dentro de casa, pode se tornar um possível criadouro do mosquito da dengue. Alguns dos locais apontados na maquete são bacias com roupas de molho ou pano de chão; embaixo da pia; vaso sanitário desativado; dentro do bebedouro; atrás da geladeira; no recipiente onde ficam o sabão e a esponja para lavar louça; vasos de flores e plantas; entre outros.

“São os chamados criadouros domiciliares, qualquer pouquinho de água parada pode virar um, por mais que a casa esteja limpa. Estamos mostrando que, além de criar gato e cachorro, muitas pessoas estão criando mosquitos de estimação, porque encontramos vários compartimentos da residência que precisam de cuidado. A maquete tem toda uma dinâmica mostrando que pode ser onde menos se espera”, avalia. A recomendação de Wanda é que os moradores façam uma inspeção de três em três dias na casa, retirando a água parada.

Cuidados e sintomas

Outra equipe mostrava em uma maquete um exemplo de quintal mal cuidado e o que deveria ser seguido de modelo. A agente de controles de endemias Jeane Garcia orienta que baldes e garrafas devem ficar virados para baixo, e o excesso de lixo deve ser evitado, bem como água parada em vasos de plantas. “As pessoas deram uma esquecida na dengue com a covid-19, mas é importante lembrar que ela não acabou. Por isso estamos ensinando os cuidados”, comenta.

De acordo com a técnica de enfermagem Ana Delgado, a principal diferença entre a dengue e a chikungunya é que a segunda causa sequelas que perduram durante muito tempo, como inchaço nos joelhos e dores nas articulações – algumas pessoas, inclusive, podem até parar de andar. Já a dengue causa manchas vermelhas na pele, conjuntivite e pode chegar à hemorragia, dependendo do caso. Ambas as doenças podem causar febre, dor nos olhos, no corpo e na cabeça. “A dengue mata, a chikungunya não, mas a pessoa pode ficar o resto da vida com dor. O que alertamos é que não existe vacina, não tem medicação, então a única saída é a prevenção”, comenta Ana.

Crianças

Com o objetivo de gerar a conscientização no público infantil, uma série de atividades lúdicas estavam sendo realizadas. A educadora em saúde Aline Carneiro conta que a equipe trabalha com todos os públicos, em escolas, igrejas, centros comunitários, eventos e outros, e que, para agregar as crianças, estratégias são pensadas com uma linguagem acessível e didática.

“Hoje trouxemos um livro ilustrado, que conta a história de uma menina que tinha um grande defeito: falta de educação. Ela jogava lixo no chão, não recolhia os brinquedos, deixava o quintal sujo. Um dia choveu e acumulou água e deu muito mosquito em sua casa, e ela foi contaminada, ficou doente. Nós explicamos para as crianças que é preciso falar para o papai ou mamãe quando sentir qualquer um dos sintomas. Na história, a figura do agente faz a visita domiciliar, ensina os cuidados, e a partir disso a menina começa a cuidar do quintal para não ficar doente de novo, e ela vai multiplicando a informação para outros colegas. Eles aprendem que têm essa responsabilidade de cuidar, são agentes mirins para combater o mosquito”, afirma.

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