Portos e embarcações descumprem protocolos de segurança contra covid-19
Transporte fluvial ainda enfrenta problemas na adesão de máscaras e distanciamento
O Porto de Arapari, na rua Siqueira Mendes, em Belém, estava repleto de pessoas sem máscaras e aglomeradas na manhã desta quarta-feira (21). No local, estava apenas um colaborador da Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon), mas ele só recolhia bilhetes. O caso não é o único. Na terça-feira (20), passageiros denunciaram que uma embarcação que saiu de Breves, no Marajó, para Belém não estava cumprindo os protocolos de segurança e prevenção contra o novo coronavírus.
A terapeuta ocupacional, Larissa Santos, embarcou em Curralinho, ainda no Marajó. Ela estava a caminho de Belém e conta que ficou bastante preocupada ao notar o desrespeito aos protocolos. "Eu fiquei com medo. Vi que tinham muitas pessoas sem máscara no barco", conta Larissa que se diz indignada com a situação. "Eles só mandaram todos colocarem as máscaras, quando o barco já se aproximava do porto de Belém", lembra. Tudo piorou ao notar que havia uma senhora no barco, sem máscara e com sintomas de Covid-19. "Ela espirrava muito. Estava com muita tosse. Apresentava uma fraqueza no corpo, como se estivesse com alguma doença", afirma. Por conta da situação, a passageira disse ainda que vai tomar medidas judiciais contra o comandante e contra a empresa. "Eu estou avaliando de que forma eu posso buscar meus direitos na Justiça. Essa situação não pode se repetir", adiantou.
A empresa Bom Jesus, por telefone, negou que qualquer ato de descumprimento das medidas de segurança tenha acontecido durante a viagem citada. "Nós cumprimos todas as normas de segurança e todos os passageiros são orientados a usar máscaras. No embarque e no desembarque, as temperaturas são medidas", explicou Silvana Pinto, gerente de vendas da empresa.
De acordo com o decreto 800/2020, o não cumprimento do protocolo de segurança sanitária de enfrentamento a Covid-19 pode acarretar multa de R$ 150 reais para usuários do transporte e de até 50 mil reais para as empresas operadoras.
Em nota, a Arcon informou que atua em parceria com o Sistema Integrado de Segurança Pública e reforçou que todas as denúncias podem ser feitas na ouvidoria da Arcon: 0800 091 1717. Todas as denúncias são repassadas ao grupamento fluvial da Polícia Civil.
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