Planetário do Pará celebra 26 anos como referência em divulgação científica na Amazônia

Fundado em 30 de setembro de 1999, o Planetário do Pará nasceu com o propósito de democratizar o acesso ao conhecimento científico, especialmente na área da Astronomia

O Liberal
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O Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPPA) “Sebastião Sodré da Gama” celebra nesta terça-feira (30) seus 26 anos de atuação como um dos principais polos de divulgação científica da Amazônia. Vinculado à Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), o espaço se consolidou como referência em educação não formal, aproximando ciência e sociedade.

Fundado em 30 de setembro de 1999, o Planetário do Pará nasceu com o propósito de democratizar o acesso ao conhecimento científico, especialmente na área da Astronomia. Em 2012, passou a contar também com um centro de ciências, ampliando o campo de atuação para Matemática, Física, Química e Biologia.

Ao longo dos anos, o CCPPA recebeu cerca de 1,12 milhão de pessoas em atividades como sessões de cúpula, oficinas, palestras, observações do céu e participação em eventos regionais e nacionais. Apenas entre janeiro e setembro de 2025, mais de 100 mil visitantes participaram das programações do espaço.

De acordo com o diretor do CCPPA, José Roberto Silva, os números reforçam a relevância da instituição. “Estes dados demonstram a relevância das atividades desenvolvidas neste ambiente de educação não formal, proporcionando ao público a socialização de experimentos e conhecimento científico, e aproximando a universidade da sociedade paraense”. Ele destacou ainda o trabalho coletivo que mantém o espaço ativo. “Nos sentimos muito orgulhosos pelo trabalho desenvolvido pelos nossos estagiários, técnicos e docentes, para a consolidação do CCPPA”, declarou.

Formação e dedicação

Atualmente, 23 estagiários integram a equipe do Planetário. Entre eles está a estudante de Física da Uepa Laysa Ferreira, que completa um ano de atuação no mesmo dia em que o espaço celebra aniversário. “Neste ano, eu considero que consegui me desenvolver muito bem, principalmente a questão da minha fala, pois, quando eu ingressei no estágio, lidar com o público era algo complicado para mim, e no Planetário eu consegui desenvolver muito a minha didática, o que me auxiliou também com a apresentação de trabalhos acadêmicos”, contou.

Apaixonada por Astronomia, Laysa afirma que a experiência tem sido decisiva em sua trajetória. “Atuar no Planetário tem sido muito gratificante na minha formação acadêmica, porque eu sempre gostei muito de Astronomia e é legal trabalhar todos os dias com algo que eu sou tão apaixonada, além de ser uma área de interesse que pretendo seguir”, falou.

Além de conhecimentos técnicos, como o manuseio e manutenção de telescópios, a monitora guarda lembranças especiais. “Eu nunca havia participado de uma observação e aqui eu tive a oportunidade de estar presente nas observações do cometa do século, da superlua e do Sol. Foram experiências mágicas que me fizeram ter a certeza de que é com isso que eu quero trabalhar na minha vida”, celebrou.

O Planetário também é referência para servidores como a agente administrativa Ulla Vasconcelos, que atua desde 2008 no setor de agendamento de visitações escolares. “Para mim, é muito gratificante trabalhar no Planetário, que considero minha segunda casa, e onde fui muito bem acolhida. Tenho orgulho de atuar no atendimento ao público ao longo desses 17 anos como integrante dessa equipe. Sou gra ta pela oportunidade de fazer parte da família Planetário”, disse.

Encantamento e descobertas

Entre os visitantes, a experiência também deixa marcas. A estudante Fernanda Souza, do 2º ano do Ensino Médio, visitou o espaço pela primeira vez na última sexta-feira (26). “Essa foi a minha primeira vez aqui, visitando o Planetário. Foi uma experiência incrível. A sessão de cúpula abordou temas que eu nunca tinha pesquisado antes, mas de um jeito muito didático. O que mais me chamou atenção foi aprender sobre a história da criação da vida e do mundo. Fiquei impactada por ver as constelações tão de perto, a sensação é de realmente estar no espaço”, afirmou.

O técnico em Física Gabriel Condurú explica que as sessões de cúpula permitem ao público observar um céu livre da poluição luminosa, recurso raro nas grandes cidades. “Nos dias atuais, nas grandes cidades, o efeito da poluição luminosa nos ceifou a oportunidade de observar um céu cravejado de estrelas, portanto, através do Planetário do Pará, temos a chance de contemplarmos o céu em sua plenitude”, disse.

Condurú é um dos planetaristas responsáveis pelo equipamento Zeiss Skymaster ZKP-3, que projeta cerca de sete mil estrelas, constelações, Lua e planetas na cúpula Kwarahy. Segundo ele, o encantamento é imediato. “Em geral, no apagar das luzes da cúpula, resplandece no olhar das crianças o deslumbramento de poder observar uma maravilha natural que o estilo de vida moderno não impede de apreciar. Isso se dá através das reações de surpresa e entusiasmo, ao surgir das estrelas, na projeção de cúpula”, finalizou.

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