Período chuvoso aumenta risco de queda de árvores

Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) alerta para cuidados necessários durante o inverno amazônico

Eduardo Laviano
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A chegada do período chuvoso tende a colocar as árvores da capital paraense em perigo de queda, especialmente por conta dos ventos fortes do inverno amazônico. Belém possui aproximadamente 120 mil árvores e, desde o início de 2021, elas estão sendo monitoradas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), com o objetivo de prever riscos.

Paulo Porto é o atual diretor-geral do órgão, mas já está há 37 anos trabalhando na secretaria. Ele conta que prevenir sempre é a melhor opção, especialmente quando se trata das árvores grandes da cidade. "A gente trabalha o ano todo na prevenção da arborização da cidade, como a poda de árvores. Exatamente neste período chuvoso, estamos vendo muita queda de galhos, mas árvore mesmo não estamos tendo problemas, principalmente as mangueiras", afirma o engenheiro agrônomo.

Segundo Porto, o trabalho preventivo vai além da poda, pois a secretaria também identifica ervas daninhas, avalia o equilíbrios dos galhos e também os espaços onde as árvores estão se projetando, especialmente as casas e redes elétricas.

Ele afirma, porém, que o monitoramento constante não é garantia de que não haverá quedas de árvores, pois as forças da natureza não gerenciadas pela secretaria.

"Nosso trabalho é evitar ao máximo a queda. Nem sempre podemos avaliar a raiz dela, mas a análise de risco e baseada na copa, no ataque dos parasitas, nos galhos muito grandes, principalmente as mangueiras, nós conseguimos fazer com precisão", fala ele, ao lembrar que em torno de 10% do total de árvores da cidade é composto de mangueiras.

Para o titular da pasta, a população é a melhor parceira nessas horas, pois transita o dia todo pela cidade e observa se há algum perigo facilmente identificado nas árvores, como o levantamento de calçadas ou proximidade de cabos de energia. Todos os procedimentos podem ser feitos pelo site www.belem.pa.gov.br/semma.

"O importante é nos avisar imediatamente. Às vezes você passa numa rua e está tudo bem e aí no outro dia já percebe que a árvore apresenta um perigo. E não há como a secretaria dominar, olhar toda a cidade ao mesmo tempo. Este apoio é fundamental", diz.

Ele lembra que uma aposta da nova gestão é intensificar o uso do equipamento conhecido como penetrógrafo, que faz o monitoramento de apodrecimento interno das árvores e é utilizado com uma broca de fina espessura e está conectado a um software que categoriza a árvore a partir do nivel e altura do solo que o apodrecimento alcançou. 

Paulo também dá dicas para evitar acidentes. Na opinião dele, os tempos chuvosos não são hora para tomar riscos desnecessários nas ruas. "Em chuvas extremamente fortes com muito ventos, é bom evitar andar e dirigir entre as árvores. Da mesma forma como evitam ruas alagadas, é melhor não arriscar, pois os carros podem ser atingidos por galhos, árvores, mangas", aconselha. 

Se algum acidente com árvores danificar veículos, o condutor  tem como pedir um ressarcimento para a prefeitura, a partir de fotografias do ocorrido, Boletim de Ocorrência e de um protocolo de no mínimo três orçamentos na Semma. "Nossa arborização é considerada segura, mas vamos ficar atentos", reitera o diretor.

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