Pela segunda vez neste ano, quelônios são soltos na Ilha de Jutuba

A soltura é realizada entre o primeiro e o segundo ano de vida do animal para que haja uma melhor adaptação na natureza

O Liberal
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Com reprodução na área da Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira (Funbosque),  26 quelônios - mais conhecidos como tracajás - foram soltos na ilha na ilha de Jutuba, no distrito de Outeiro. A ação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), desta quinta-feira (8), foi fundamental para a preservação da espécie. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), esteve presente no ato.

Esses animais se reproduzem duas vezes por ano e podem colocar até 30 ovos em cada ninhada. Em janeiro deste ano, cerca de 61 animais - entre tartarugas da Amazônia, aperemas e tracajás - foram soltos na mesma localidade.

"É com muita honra que eu estou aqui para mostrar que a ciência tem poder. Nossa equipe da Escola Bosque salva vidas animais. Foram 27 tracajás que nós acabamos de deixar na praia e foi lindo vê-los correr em direção às águas e a certeza de que viverão muito e se reproduzirão", declarou o prefeito de Belém.

A maturidade sexual dos tracajás ocorre entre sete e dez anos. A soltura é realizada entre o primeiro e o segundo ano de vida para que assim haja uma melhor adaptação do animal à natureza. A escolha do local de soltura também não é aleatória: áreas da ilha têm a presença de quelônios em momentos de desova, fator fundamental para esta adaptação.

“Além dos predadores naturais, a ação ilegal dos homens que caçam esses animais e apanham irregularmente os ovos nos ninhos fazem com que essa preservação seja ainda mais rigorosa e necessária”, comenta a  bióloga da Semas, Augusta Lima.

A médica veterinária Jade Yasmim, da Funbosque, foi uma das pessoas responsáveis por cuidar do processo de transição alimentar das espécies. "Eu consegui fazer o manejo para que se preparassem, oferecendo diversos tipos de alimentos respeitando a dieta delas, porque elas são animais onívoros. Foram oferecidos verduras, legumes e, em alguns casos proteína animal, para que elas tivessem essa familiaridade quando chegasse o dia da soltura e não tivessem nenhum tipo de dificuldade. Foi um desafio e tanto, mas deu tudo certo. No final elas foram preparadas para sobreviver lá fora", explicou.

“Sou nascido e criado aqui, soltar esses tracajás é uma ação muito bonita porque vai aumentar, com certeza, a população desses bichos. Eles botam os ovos aqui na ilha há muito tempo”, revela Jorge Albuquerque, morador da ilha de Jutuba.

 

Bruna Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Victor Furtado - Coordenador do núcleo atualidades

 

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