Paraenses buscam formas criativas de se proteger do calor em Belém
Desde bonés, chapéus e sombrinhas até ventiladores portáteis são utilizados para se proteger e aliviar as altas temperaturas
Com as altas temperaturas que marcam o verão amazônico, o belenense tem buscado alternativas criativas e acessíveis para amenizar o calor intenso. Com temperaturas que ultrapassam os 34°C, dependendo do local, os moradores de Belém tentam buscar alternativas como ventiladores portáteis, chapéus e sombrinhas para se proteger e aliviar o calor.
O vendedor ambulante Elielson Monteiro, de 25 anos, trabalha há 8 anos no Ver-O-Peso. Um dos itens mais vendidos neste período são pequenos ventiladores portáteis, principalmente por turistas que visitam um dos principais cartões-postais de Belém e não estão acostumados com o calor da capital paraense. “Esses ventiladores já tem um tempo aqui, mas quando chega esse período saí bem. Tem bastante procura”, afirma.
Elielson conseguiu vender de cinco a seis unidades dos pequenos ventiladores por dia, já no decorrer da semana ele totaliza cerca de 20 vendas. “É um número bom”, avalia. “Tem de diferentes valores, tem de R$ 20, R$ 25 e R$ 30”, falou. Os ventiladores funcionam após serem carregados na tomada. Segundo o vendedor, as baterias duram aproximadamente duas horas. “Depende do uso da pessoa, mas aproximadamente duas horas. A pessoa usa naquele momento depois guarda, entendeu?”, afirma.
De acordo com previsão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a previsão do tempo para quarta-feira (23) oscilou entre 23ºC a mínima até 34°C a máxima, com o céu parcialmente nublado sem chuvas durante a manhã e pancadas de chuvas isoladas pela tarde.
A autônoma Risolena Andrade, de 39 anos, comprou a terceira sombrinha no Comércio para poder resistir ao sol das ruas. “É muita chuva e muito sol. Com esse clima, a gente vive adoecendo, inclusive eu estou há 12 dias com essa tosse. Não tem como eu ficar boa. É o nosso Pará abençoado”, falou.
Moradora do distrito de Icoaraci, Risolena reclama da falta de sombreamento natural de árvores no distrito. “O sol da manhã chega doí no corpo”, enfatiza. “Está muito difícil mesmo. Para andar, ir para a feira só com a sombrinha, porque está muito quente”, afirma.
Risolena chegou a passar mal no Comércio por causa do calor. Ela que sofre com pressão alta tenta se cuidar. “Estava me dando um negócio. Eu estava suando frio, mas devido ao calor. Estávamos andando para essas lojas que são bem climatizadas, mas chegamos nessas outras que são bem quentes e aí a gente passa mal, devido também o problema de pressão alta”, complementou.
Uma das formas de se proteger do sol também são bonés e chapéus. O vendedor desses acessórios, José Jorge, de 63 anos, tem diferentes produtos para todo tipo de cliente. Ele vende desde viseiras de pano mais simples de R$ 20 até chapéus no estilo ‘pescador’ que possuem grandes abas e proteção para os ombros, utilizado por quem trabalha no sol.
José, que tem uma banca na travessa Padre Eutíquio, entre a avenida 15 de Novembro e Boulevard Castilhos França, tem sentido a diminuição das vendas. “Está mais devagar. Mesmo no Verão”, contou. Ele contabiliza a venda de aproximadamente 20 bonés por dia. “Por causa da concorrência, tem muita concorrência também”, afirmou. “Meus clientes são homens e mulheres. As viseiras são de R$ 20 até bonés de R$ 40”, completou.
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