Paisagismo: conheça as tendências para o planejamento de espaços internos e externos em Belém
A prática do paisagismo pode impactar o humor das pessoas e o valor comercial do lugar

O paisagismo é uma técnica que visa planejar espaços livres, sejam internos ou externos, com o intuito de tornar os ambientes mais funcionais, harmoniosos, sustentáveis e esteticamente agradáveis, dependendo da proposta que se deseja aplicar. Em Belém, a tendência do momento são as plantas guaimbê, de acordo com paisagistas. Além disso, a COP 30 impacta o paisagismo ao discutir sustentabilidade e a importância de espaços verdes.
A forma como um lugar é planejado pode impactar tanto o indivíduo que está nele quanto o valor do imóvel, segundo o paisagista Victor César. “O paisagismo traz benefícios incríveis, como bem-estar e melhoria da saúde mental, pois em lugares verdes você fica mais relaxado. E, com um paisagismo bem feito, se eleva o valor do imóvel em até 30% do valor dele”, disse.
Os elementos que compõem um projeto paisagístico são as plantas e os acessórios, como bancos, mesas, pedras decorativas, vasos, pendentes e muitos outros objetos, de acordo com a paisagista Eliana Cruz. A escolha das plantas varia de acordo com o projeto e a região onde serão introduzidas, principalmente levando em consideração a presença de raios solares.
“Procuramos trabalhar com plantas nativas e resistentes. Temos um sol pleno muito forte, então trabalhamos com a vegetação adequada, sempre procurando o que é planta de sol pleno e de sombra, meia-sombra. Assim, vamos compondo para que elas não sejam impactadas negativamente”, explica Eliana Cruz.
O paisagismo pode ser realizado tanto em ambientes internos quanto externos. O que muda entre os dois casos é o tipo de vegetação escolhida. As plantas de sol precisam estar em lugares externos, que recebam os raios solares. Já as plantas de sombra, como a zamioculca, devem ficar em locais internos, pois a folhagem pode ser danificada caso estejam expostas ao sol.
Tendências do paisagismo em Belém
A tendência atual do paisagismo em Belém é a planta guaimbê, resistente ao sol, segundo a paisagista Eliana Cruz. Porém, outras espécies também são destaque no planejamento de ambientes, como a ixora, que apresenta diferentes tonalidades, como amarela, rosa, branca e a mais predominante em Belém – vermelha. A paisagista ainda ressalta a moreia, que fornece floração, e as marantas, indicadas para áreas de sombra.
Confira a lista de plantas que são tendências no paisagismo em Belém:
- Guaimbê: resistente ao sol
- Ixora: apresenta diferentes tonalidades, sendo a vermelha a mais predominante em Belém
- Moreia: apresenta floração
- Marantas: boa para áreas de sombra
COP 30
O setor do paisagismo também é impactado pela COP 30, que aborda um discurso ligado à sustentabilidade, destacando a importância das áreas verdes. “A COP 30 veio para demonstrar a importância que temos que ter com as áreas verdes e proporcioná-las ainda mais, principalmente no centro da cidade, onde estavam concretando”, afirma o paisagista Victor César.
Paisagismo por conta própria
Aos interessados em mudar um ambiente por conta própria, a paisagista Eliana Cruz defende que é possível ter um jardim em qualquer lugar, mas é preciso cuidado com a escolha da vegetação. “Pode-se ter um jardim em qualquer lugar, até no banheiro. Só é preciso saber que tipo de plantas você está usando. O jardim pode ser feito em vaso, além de jardins pendentes e verticais. Se precisar de alguma dica, procure um paisagista”, afirma.
Projeto do ‘Amazônia na Cuia’
Os projetos de paisagismo variam de acordo com a proposta do local. Para o restaurante “Amazônia na Cuia”, por exemplo, Victor César explica que as ideias propostas se alinharam com o objetivo do estabelecimento de retratar a cultura amazônica. “O projeto do ‘Amazônia na Cuia’, não somente o localizado na avenida Duque de Caxias, mas todos os outros, é sempre bem pensado na Amazônia como um todo”, comenta Victor, que projetou o paisagismo do restaurante junto com Eliana Cruz.
Para fazer sentido com o propósito do projeto do estabelecimento, os paisagistas planejaram uma pequena floresta na fachada, sem prejudicar a vista das pessoas tanto no interior quanto no exterior. Além disso, buscaram plantas que são adequadas a ficarem expostas ao sol.
“Usar folhagens, mas pensando em proporcionar a estética do ambiente. Por exemplo, aqui temos o guaimbê, que foi muito bem pensado para fazer uma pequena floresta na fachada, porém sem prejudicar a questão da imagem de dentro para fora e de fora para dentro. Pensamos em uma planta que vai bem no sol e também na estética do imóvel”, detalha Victor César.
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