Paes de Carvalho protesta contra obras atrasadas e limitação de matrículas

Escola estadual denuncia sucateamento e Sintepp repudia política da Seduc

Dilson Pimentel
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Alunos e professores do colégio estadual Paes de Carvalho (CEPC) fizeram um ato público, com um abraço coletivo no prédio escolar nesta manhã. O ato começou por volta das 9h e durou cerca de uma hora e meia. Eles pediram a conclusão das obras de reforma e ampliação da escola.

As obras começaram em 22 de dezembro de 2017. E o prazo de conclusão era de 180 dias. Valor da obra: R$ 2.486.901,10. “O objetivo é sensibilizar as autoridades para impulsionarem as obras de reforma da escola, que estão seis meses atrasadas. A Seduc não providencia outro prédio“, disse o professor John Charles Torres, que leciona Português. “Estamos funcionando em situação precária “, acrescentou. Ele observou que o “Paes de Carvalho” é a escola pública mais antiga do Brasil em funcionamento.

REAÇÃO

Mateus Ferreira, da coordenação geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), disse que a entidade recebeu, com "surpresa e preocupação", a notícia de que a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) não está permitindo matrícula para alunos novos do primeiro ano.

"Isso significa que a intenção do Governo do Estado é, sim, fechar a escola. A partir do momento que você não abre mais vagas para o primeiro ano, você dá o primeiro passo para o fechamento do colégio. Não vamos permitir isso. O Paes de Carvalho é uma escola tradicional. Por aqui passaram personalidades públicas em todos os setores - política, educação, segurança pública e saúde", disse.

Mateus afirmou que, a partir de hoje, o Sintepp vai "lançar uma grande campanha pela permanência do Paes de Carvalho, mantendo sua tradição histórica".

OUTRO LADO

A redação integrada de O Liberal  ouviu a Seduc para ter mais informações sobre o motivo das obras atrasadas e o fim das matrículas no primeiro ano do Ensino Médio da instituição.

Segundo diz a Seduc, em nota publicada esta tarde, a secretaria estaria discutindo com a comunidade escolar as "opções de funcionamento da Escola Estadual Paes de Carvalho, de forma conciliada com o andamento das obras de reforma".

A secretaria de educação afirma ainda que esse "diálogo" abrangeria, inclusive, a proposta de transferência de alunos para um outro prédio, o que, segundo diz a Seduc já estaria "sendo tratado com professores e alunos".

A Seduc sustenta ainda que, justamente porque a discussão de propostas entre as partes ainda permanece, a secretaria acredita que se chegará a um acordo em breve. "Alunos novos e antigos da escola não serão prejudicados, de forma alguma, no processo de matrícula", afirma a secretaria.

A Seduc, porém, em nenhum momento explicou efetivamente, na nota emitida à redação integrada de O Liberal, porque as obras do Paes de Carvalho estão atrasadas, nem justificou porque um limite às novas matrículas foi imposto a partir do ano letivo de 2019.  

 

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