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Paciente de câncer do Ofir Loyola está sem medicamento há quase um mês e meio

A jovem mora em Abaetetuba e já sente prejuízos pela falta de remédio para quimioterapia

Cleide Magalhães
fonte

Há quase um mês e meio, a falta de medicação para ajudar no tratamento quimioterápico de uma paciente com câncer do hospital Hospital Ofir Loyola tem prejudicado a saúde da jovem, de 23 anos, que mora no município de Abaetetuba, no Baixo Tocantins.

Thamires Chaves Ferreira está desde o dia 7 de dezembro do ano passado sem a medicação Everolimus, de dez miligramas. Ela é paciente do hospital desde 2018, quando iniciou o tratamento para o linfoma de Hodgkin (LH), um dos tipos mais comuns de câncer, originado nos linfonodos do sistema linfático.

Segundo a mãe da paciente, a dona de casa Mirian Chaves, de 42 anos, a família já fez inúmeros contatos. Porém, o hospital ainda não sabe precisar quando terá a medicação.

“Desde que a médica prescreveu, no dia 7 de dezembro do ano passado, a gente liga para saber se já tem a medicação. Mas a resposta sempre é negativa. A gente não sabe o que acontece. Isso é tão triste, porque não temos expectativas de conseguir a medicação, que, caso fosse paga, custaria pelo menos R$ 5 mil”, afirma a dona de casa.

Ainda segundo Mirian Chaves, a situação já começa a dar sinais de que está prejudicando o tratamento de Thamires Ferreira. “Ela tem linfoma de Hodgkin no mediastino, entre o pulmão e o coração, e faz tratamento desde 2018. Agora, sem a medicação, começa a cuspir bastante e ter tosse. Isso já é sinal de que está tendo a saúde prejudicada. Ela não pode ficar sem a medicação. Estamos muito preocupados, porque pode piorar ainda mais”, preocupada, diz a mãe da paciente.

Mirian esclarece ainda que a medicação Everolimus de dez miligramas ainda não é a ideal para a filha e que luta na Justiça para conseguir a medicação mais adequada ao tratamento dela.

“A medicação deve ser a Brentuximab ampola, mas tivemos que entrar na Justiça, por meio do Ministério Público do Estado, para tentar conseguir, desde julho. A Everolimus é em comprimido e serve apenas como alternativa para o tratamento quimioterápico dela enquanto a gente não consegue a medicação ideal. E, ainda assim, ela está sem o medicamento”, lamenta a mãe de Thamires Ferreira, que devido à doença, necessitou parar os estudos no terceiro ano do ensino médio.

O hospital é localizado em Belém e pertence ao Governo do Estado. É voltado 100% ao Sistema Único de Saúde (SUS) e é referência no Pará em casos de câncer invasor.

Em nota, o Hospital Ophir Loyola afirmou que o medicamento Brentuximab não é padrão do hospital e portanto não é utilizado no tratamento dos seus pacientes. Quanto ao medicamento Everolimus, o Hospital informou que, por conta da pandemia, o processo de aquisição desse fármaco sofreu atrasos e que ainda aguarda a finalização processual para a entrega pelo fornecedor, que está prevista para o dia 25 deste mês.

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