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Paciente com covid-19 foge do Hospital de Campanha em Belém; Sespa desmente

Familiares relataram a preocupação dele estar ainda infectado e morar com o pai idoso

Redação Integrada
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Um paciente, de 43 anos, internado no Hospital de Campanha do Hangar, em Belém, fugiu na tarde desta terça-feira (09) da unidade de saúde destinada a tratamento de pacientes com a covid-19. Familiares relataram que ele saiu do hospital de táxi e voltou para casa sem qualquer impedimento.

Ele foi internado no dia 31 de janeiro, quando teve piora no quadro da doença. "Ele chegou a fazer atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento, mas foi encaminhado para fazer uma tomografia no Hangar e já ficou internado, pois estava com falta de ar", contou um familiar que preferiu não ser identificado.

Quando O paciente deu entrada no hospital, passou primeiramente para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Quando fugiu já estava na semi-intensiva, mas ainda fazendo uso de oxigênio. "Soubemos que ele estava com saturação 77 e ainda estava no oxigênio, mas que esperava uma vaga para ser transferido para a enfermaria", relatou o familiar.

O depoimento também afirma que o paciente sofre de ansiedade desde o ano passado, mas que não fazia tratamento para o transtorno, o que dificulta o tratamento para a covid-19. A suspeita é que ele estivesse fazendo uso de entorpecentes.

"Notamos a mudança de comportamento dele desde março do ano passado. Começou a beber mais e se afastou da família. Sempre foi uma pessoa que reunia a família em casa e passou a não deixar ninguém ir lá", revelou. "Nosso medo é que ele ainda deve estar transmitindo a doença não só para ele, como para outras pessoas", lamenta.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que "não procede a informação de que um paciente fugiu do Hospital de Campanha de Belém, no Hangar, nesta terça-feira".

"O paciente em questão abandonou o tratamento após melhora do quadro de saúde. A direção da unidade informa que um Boletim de Ocorrência foi registrado, após o paciente se negar a assinar o termo de desistência do tratamento. O caso foi registrado como infração sanitária", disse o texto.

"Mesmo orientado pela equipe multiprofissional sobre a necessidade de concluir o tratamento e os riscos na transmissão da doença para outras pessoas, o paciente, de 43 anos, manteve o interesse no abandono do tratamento. O serviço de assistência social do hospital também fez contato com a família do paciente. No entanto, nem a própria família conseguiu demovê-lo da saída", completou.

"Um profissional de enfermagem e um agente de portaria acompanharam a saída do paciente, por volta do meio-dia, e um táxi que já o aguardava na entrada do hospital. No período da tarde, a equipe médica voltou a falar com a família e reorientando sobre os riscos do abandono do tratamento e contaminação. A Sespa ressalta que nenhum hospital pode obrigar qualquer paciente a permanecer na unidade ou impedir sua saída", finalizou o órgão estadual.

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