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Operadora do aterro em Marituba alega aguardar solução com prefeituras

Guamá Tratamento de Resíduos confirma que só pode receber material até setembro deste ano, se não houver liberação de recursos bloqueados e respaldo para investimentos

Cleide Magalhães
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O aterro sanitário em Marituba, na Região Metropolitana de Belém, permanece em funcionamento até o próximo dia 16 de junho. Ainda não houve acordo judicial nas diversas audiências. Assim, permanece o impasse entre as prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba, Governo do Estado, Ministério Público do Estado (MPPA) e a Guamá Tratamento de Resíduos em relação à destinação final dos resíduos sólidos desses municípios. Gestores públicos e da empresa devem continuar se reunindo em busca de uma solução.

Em nota, a Guamá Tratamento de Resíduos, empresa que gerencia o aterro em Marituba, informa que "...não adotou posição irredutível e que sempre esteve presente na mesa de negociação e disponível para o diálogo com as partes envolvidas, especialmente nas últimas nove reuniões no TJPA". 

Ainda segundo a empresa, “...os esforços cooperativos da Guamá ocorreram em função do interesse público envolvido na disposição adequada dos resíduos e na busca de se evitar uma crise sanitária no Estado''. Muito embora, desde 2018, a empresa tenha se posicionado pelo encerramento das atividades de recebimentos de resíduos de Ananindeua, Belém e Marituba.

A Guamá pontua que o aterro sanitário em Marituba tem capacidade para receber resíduos até o mês de setembro deste ano. Após este período, seria necessário renovar o licenciamento e fazer novos investimentos na ampliação da infraestrutura do empreendimento. Para viabilizar as obras e garantir a continuidade da operação sustentável do espaço, a empresa teria reforçado a necessidade de firmar contratos com as prefeituras para respaldo econômico e jurídico.

Em recursos, a GTR tem R$ 26 milhões bloqueados, referentes a um Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre a Guamá e o MPPA, em 2018. Era uma garantia para a empresa tratar um volume de chorume definido pelo MPPA, incluindo a ampliação da quantidade de máquinas de osmose reversa para o referido tratamento. “Considerando que a Guamá cumpriu integralmente esse compromisso, não há pendência que justifique o bloqueio, que inclui ainda mais R$ 26 milhões em garantia, que também seguem bloqueados", ressalta a empresa. 

A Guamá alega que não condicionou a compra da usina e da ETE a um aporte do Governo do Estado. “Diante do impasse sobre a precificação, o Estado sinalizou como possibilidade, a ser estudada e avaliada entre as partes envolvidas, o repasse do recurso, por meio de um convênio com as prefeituras para complementar o valor da tarifa à prestação de serviços”, explica. 

As obras da usina e da ETE estão no planejamento da empresa como compromissos socioambientais e serão implantadas mesmo após o encerramento das atividades de recebimento de resíduos. “A empresa, inclusive, já comprou os equipamentos da usina, importados da Itália, e aguarda apenas o licenciamento da Semas para a implantação tanto da usina quanto da ETE. Esta última tem previsão para instalação em até 120 dias”, informa.

Mais uma vez, a Guamá confirma que o encerramento das atividades de recebimento dos resíduos ocorrerá no próximo 16 de junho de 2021. Mas diz que "todas as providências para o fechamento do aterro (tratamento do chorume, entre outras obrigações ambientais) serão devidamente atendidas pela Guamá".

Por fim, a empresa enfatiza que "está disponível a sentar, negociar e acordar, para a necessidade de continuidade nos serviços de destinação final da Região Metropolitana de Belém". 

A Prefeitura de Belém foi contatada para explicar sobre a proposta de usar a célula emergencial do Aurá, uma vez que, em outros momentos, havia sido totalmente descartada. Mas ainda não se manifestou. O aterro foi instalado em Marituba desde 2015. Antes, o lixo era levado para o “lixão” do Aurá, em Ananindeua, que, na época, foi desativado. 

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Belém
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