Operação emergencial de saneamento começa na semana que vem

Nova titular da Sesan diz que órgão deve trabalhar em parceria com o Governo do Estado por conta de muitas dívidas acumuladas e desafios técnicos e administrativos

Victor Furtado
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A partir do próximo dia 13, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) vai iniciar a operação emergencial de preparação da capital para as chuvas. A informação é da nova titular do órgão, Ivanise Gasparim. Esse trabalho, afirma ela, deveria ter sido feito em outubro, com limpeza do lixo e dragagem dos canais, porém, não foi feito. Agora, tudo terá de ser feito às pressas e será necessário ajuda do Governo do Pará para dar conta antes de as chuvas mais fortes começarem a cair sobre a cidade. E de forma mais permanente, será feito contato com as universidades e grupos de trabalho na busca de soluções permanentes.

Nas redes sociais digitais, Ivanise vem pedindo informações e participação da população, com denúncias de locais problemáticos de lixo e canais em situação crítica. Assim, conseguiu iniciar com a limpeza de resíduos em algumas áreas e canais nas áreas da avenida Bernardo Sayão, na Bacia da Estrada Nova e no centro da cidade. Só que a Sesan, revela a secretária, está endividada. Só com os contratos de limpeza urbana e pavimentação, são pelo menos R$ 31 milhões pendentes. Ela avalia que o órgão está sucateado, a começar pelo prédio sede.

"É importante explicar que não haverá uma continuidade do que estava sendo feito. Precisamos mudar e resolver muitos problemas. Encontramos a cidade com um volume de lixo acumulado muito grande. A Sesan está desestruturada na parte técnica e na parte administrativa. Está endividada, com poucos técnicos e desabastecida de equipamentos. Então não vamos começar esse trabalho preventivo do inverno, que já está atrasado, porque era para ter sido feito em outubro, da forma que queríamos. Mas vamos fazer e vai dar tempo", comenta Ivanise.

image Na 16 de Novembro, mais um ponto crítico de descarte irregular de lixo se formou (Igor Mota / O Liberal)

Entre alguns pontos que estavam em condição crítica e recentemente denunciados à Sesan, está a avenida 16 de Novembro, onde um lixão se formou em um terreno abandonado. E um canal, na avenida Bernardo Sayão com a rua dos Caripunas. O lixo acumulado está espalhado dos bairros mais pobres até o centro mais elitizado da cidade. E a secretária diz que isso não faz sentido, com um gasto médio de R$ 17 milhões por mês com a limpeza urbana.

Após a reavaliação dos contratos e solução das dívidas, a Sesan terá uma nova agenda permanente de limpeza e manutenção de vias, garante a secretária. Por enquanto, o foco será recolher o lixo das ruas de forma mais eficiente e preparar a rede que tem 65 canais para garantir o escoamento das chuvas e minimizar alagamentos. "Não vamos começar do jeito que queríamos, mas tem solução e vamos fazer. E a médio e longo prazo, teremos consultorias com especialistas para esses entraves nas nossas bacias", conclui.

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