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O que é cefaleia? Neurologista explica tipos, sintomas e tratamentos

O Dia Nacional de Combate às Cefaleias é comemorado neste domingo, 19 de maio

Camila Guimarães

O mês de maio é marcado pela campanha Maio Bordô, de conscientização sobre o impacto das dores de cabeça na vida das pessoas. O neurologista Antônio de Matos explica o que são, quais os tipos, principais sintomas e tratamentos de cefaleias.

"A cefaleia pode fazer parte de uma doença ou ser uma doença primária. A gente tem alguns tipos de cefaleia que não tem uma causa, mas por si só causa dor de cabeça. Uma bem comum é a enxaqueca, chamada tecnicamente de migrânea. Outra é a cefaleia tensional, tem a cefaleia de salvas e cada uma pode ser investigada de modo diferente", resume.

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Enxaqueca

Entre os tipos de dores de cabeça, o especialista explica que a enxaqueca é a que mais está ligada a um fator hereditário, mas não apenas. "É muito frequente o pai ou a mãe do paciente terem dor de cabeça também. Não é obrigatório, mas é a que mais está associada a uma causa genética".

Além disso, a doença é a principal causa de ausência no trabalho do mundo, conforme afirma o neurologista: "50% dos pacientes que têm enxaqueca deixam de frequentar atividades sociais da família; 70% de pessoas que têm enxaqueca referem algum grau de problemas conjugais. É uma doença que, apesar de benigna, tem um impacto muito forte na qualidade de vida da pessoa".

"Não é à toa que, cada vez mais, os tratamentos para enxaqueca têm crescido muito. Hoje em dia, a gente tem os medicamentos de via oral, que podem ser utilizados na crise de dor, e medicamentos de uso contínuo, que evita que a dor venha, e temos também pequenos procedimentos, como bloqueios de nervos, que tiram a sensibilidade de dor", informa o médico.

 

Outros tipos de cefaleia

As cefaleias podem ser primárias - quando elas são o problema em si - ou secundárias - quando estão ligadas a doenças prévias. "As primárias são a enxaqueca, a cefaleia tensional, a cefaleia em salvas, a neuralgia do trigêmeo", exemplifica Antônio de Matos. "Já as secundárias são as cefaleias causadas por uma doença prévia, como a meningite, a virose, os tumores intracranianos, os AVCs, os aneurismas. Ela pode ter qualquer característica, mas com uma doença de base como causa".

"A cefaleia tensional geralmente é dos dois lados da cabeça, em geral, sem náuseas, com uma duração mais longa e com menor intensidade. A cefaleia em salvas já é excruciante, é uma agulhada dentro do olho. É muito incapacitante, apesar de durar minutos. O tratamento para uma crise de salvas é com oxigênio. E a neuralgia de trigêmeo é uma dor na face, próximo da região do nariz e boca, como fortes agulhadas, cujo tratamento pode incluir até drogas antiepilépticas".

 

Diagnósticos e tratamentos

 

 

O neurologista afirma que, hoje em dia, a medicina conta com muitos exames para diagnosticar com precisão doenças relacionadas à dores de cabeça. "Com a ressonância magnética a gente consegue ver estruturas celulares diminutas e consegue analisá-las. Temos também o exame de líquor, que a gente consegue medir a pressão dentro da cabeça da pessoa. Existem os exames de coluna cervical, que essa região pode estar relacionada a dores de cabeça. São muitos suportes diagnósticos para tentar acertar a origem dessa dor".

"Em geral o tratamento da dor de cabeça é multifatorial - tem o aspecto biológico, no qual a gente trata a causa da dor; tem o aspecto psicológico, em que o paciente, frente àquela dor tem que analisar sua organização de vida; e tem os fatores ambientais, e cabe ao profissional da saúde orientar quanto a eles: quantas horas por noite o paciente está dormindo? Ele pratica atividade física ou é sedentário? Como é a alimentação (existem dores de cabeça associadas a alguns alimentos, como chocolates, café, corantes, açaí)? Como está o controle das doenças de base desse paciente?".

"A dor de cabeça é geralmente do bem. Sempre se atente aos seus sintomas e procure entendê-los. Não deixe a coisa andando sem tratamento específico. Dor de cabeça não é normal, tem tratamento, geralmente não é grave, mas pode ter muito impacto na qualidade de vida. Busque diagnóstico e evite se automedicar", conclui o neurologista.

 

 

 

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