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Na reta final da campanha, procura é alta nos postos de vacinação contra covid-19 de Belém

No Cassazum, no bairro do Marco, desde cedo as pessoas formaram filas para garantir o imunizante. Idosos de 66 e 67 anos, profissionais da saúde e imunossuprimidos receberam a terceira dose

João Paulo Jussara
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A movimentação foi intensa nos postos de vacinação contra covid-19 em Belém na manhã desta terça-feira (9). Idosos na faixa etária de 66 e 67 anos — nascidos em 1954 e 1955 — receberam a terceira dose da Pfizer, assim como profissionais da saúde e imunossuprimidos, ou seja, pessoas com baixa imunidade. De acordo com o vacinômetro da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), 2.162.056 doses já foram aplicadas, e 1.022.970 pessoas já estão totalmente imunizadas com as duas doses ou dose única. A meta é vacinar, até o final de novembro, pelo menos 75% da população belenense.

Muitas pessoas chegaram cedo ao Cassazum, no bairro do Marco, para receber o imunizante. Mesmo assim, filas se formaram em frente ao posto de vacinação e também na hora de realizar o cadastro. O aposentado João Guilherme Souza, de 67 anos, não conseguiu esconder a ansiedade ao oferecer o braço à enfermeira. "Agora eu estou mais tranquilo, vou poder passear, me divertir um pouco. Esse período de pandemia foi muito difícil, fiquei preso dentro de casa, entrei em depressão. Agora estou bem melhor", disse, com um sorriso emocionado no rosto.

Quem também ficou emocionada foi a contadora aposentada Célia Ferreira, de 67 anos. Sem conseguir segurar as lágrimas, a idosa agradeceu às enfermeiras e à imprensa pela cobertura da vacinação, e também ressaltou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS). "É muita emoção. Eu estava esperando com muita ansiedade por este momento", afirmou. "Eu perdi amigos, perdi uma prima, foi um momento complicado. Mas agora, graças a Deus, eu estou me sentindo tranquila".

image A enfermeira Márcia Lobo aplicou a terceira dose da Pfizer na contadora Célia Ferreira, que ficou emocionada (Ivan Duarte/ O Liberal)

Já o servente de pedreiro Antônio Martins, de 50 anos, foi receber a segunda dose da Pfizer e disse estar aliviado por poder, finalmente, voltar a trabalhar. "Nesse período de pandemia eu acabei ficando desempregado, porque muitas obras pararam. Agora que estão começando a reabrir, e eu vou poder voltar. Eu estava muito angustiado, com medo, mas agora tudo isso passou. Eu me sinto maravilhoso", contou.

Na reta final da campanha de vacinação, o sentimento entre os enfermeiros e voluntários, que desde o início do ano estão trabalhando e ajudando a salvar vidas, é de dever cumprido. A enfermeira Márcia Lobo afirma que foram muitas dificuldades, principalmente por conta do negacionismo e dos questionamentos à ciência por parte da população, mas que, desde o início, o trabalho foi feito com muito carinho e dedicação.

"Esses questionamentos atrasaram muito a nossa campanha, porque ao invés da gente estar vacinando uma faixa etária, a gente teve que vacinar aqueles que, lá atrás, não quiseram se vacinar. Então foi de muita dificuldade, mas o que a gente sente é que o dever foi cumprido e que isso vai ficar para a história, daqui a anos nós vamos contar pros nossos filhos e netos. A gente fica feliz por fazer essa campanha e dar um pouco de nós pra cada um desse povo, que merece demais", concluiu.

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