Música e solidariedade marcam a sexta edição do 'Show de Talentos Solidário' no Theatro da Paz
A iniciativa beneficente, do Grupo Amigas Solidárias, reuniu artistas paraenses na noite desta terça-feira (30), com o objetivo para apoiar iniciativas sociais

Em uma noite de união em prol da solidariedade, nesta terça-feira (30), o Theatro da Paz, em Belém, foi palco do “VI Show de Talentos Solidário”, um evento beneficente promovido pelo Grupo Amigas Solidárias. Artistas da cena paraense subiram ao palco com o objetivo de arrecadar recursos para diversas obras sociais. De acordo com a organização, a expectativa era reunir mais de 500 pessoas, em uma programação com diversos nomes da música regional.
Entre as apresentações estiveram, a Companhia de Dança Ana Unger, além de artistas como Wanderley Andrade, Thiago Costa, Divas do Brega, Banda Vinil Club, Pedrinho Cavalero, Betinho Souza, Carlos Santos, Fábio Reis, Flávia Anjos, Gilberto Nunes, Markinho Duran, Pinduca, entre outros. Todo o valor arrecadado será revertido para as iniciativas sociais do Grupo Amigas Solidárias. Criado em 2013, o Grupo Amigas Solidárias iniciou suas atividades organizando bingos e bazares para levantar fundos destinados a diversos projetos.
A vice-presidente do Grupo Amigas Solidárias, Margareth Maués, afirmou que este é o sexto ano de realização da programação, que visa arrecadar fundos para instituições de caridade. Ela destacou a parceria com artistas do Pará e mencionou a Missão Belém como uma das iniciativas apoiadas, por ser uma instituição que ampara pessoas em situação de rua. Para ela, o festival é uma das formas de fortalecer os projetos sociais que ajudam quem mais precisa.
“A importância do trabalho do Grupo Amigas Solidárias, que se une a todo o público, é fundamental. Atualmente, estamos atuando na Missão Belém, desenvolvendo um trabalho de auxílio. Já construímos duas casas, uma panificadora e uma fábrica de açaí no local. Neste momento, estamos finalizando a catequese, e todo o dinheiro arrecadado será destinado a esse projeto social que acolhe moradores de rua. A expectativa para a noite é o sucesso do show. Nós conseguimos lotar o Theatro da Paz”, afirma Margareth Maués.
Orgulho
Membro do Grupo Amigas Solidárias, Gilvana Ramos destaca que o festival é o resultado de anos de trabalho, que teve início com um show de talentos no Teatro Schivazappa e chegou, pelo terceiro ano consecutivo, ao Theatro da Paz. Ela expressa grande orgulho pela causa e pela divulgação da Missão Belém, destacando que é possível fazer o bem com alegria e arte, ao mesmo tempo em que se valorizam os talentos paraenses. Ao longo de mais de 10 anos do grupo, a expectativa é fortalecer essas ações.
“O que nos deixa extremamente orgulhosos é por causa da obra e pela divulgação da Missão Belém, mostrando ao público que é possível fazer o bem. Tivemos até esta noite mais ou menos 600 convites vendidos. Uma noite de casa lotada, como todos os anos. A edição de hoje, particularmente, esteve composta praticamente de 80% de profissionais e uns outros 30% de novos talentos. São amigos que cantam para amigos”, diz Gilvana.
Levando clássicos da música paraense, o cantor Wanderley Andrade embalou a plateia com clássicos como “Traficante do Amor”, além de “A Conquista”, outro hit conhecido. Para o artista, se apresentar no show é uma oportunidade de contribuir com as causas sociais realizadas pelo “Amigas Solidárias". “Tudo o que Deus me deu e continua a me dar, a minha vida, minha saúde, meu trabalho atual em todo o Brasil, América Latina e outros países onde realizo shows, me obriga a contribuir. Quando me pediram para vir, eu estava em turnê. Cheguei ontem, exclusivamente para participar deste projeto, e farei isso com todo o amor do mundo”, observa.
Visibilidade
Wanderley Andrade também lembra que a visibilidade que a arte lhe proporciona também ajuda a reverberar a causa social realizada pelo grupo. “Só o fato de você saber que é útil a alguma coisa, que seu trabalho, o plantio que você fez há 30 anos, continua florescendo e pode contribuir para algo, vou fazê-lo sempre. Também estou feliz porque nessa oportunidade posso rever grandes amigos que eu não encontrava há 20 anos atrás, por conta da minha agenda”, frisa o cantor.
Diferencial
A conselheira do Grupo Amigas Solidárias, Alessandra Esteves, enfatiza que, neste ano, a sensação é de alegria pela proporção que a programação tomou ao longo do tempo. Ela também comenta o diferencial desta edição. “O que tem de novo desta vez é dança, que tivemos a presença da bailarina Ana Hunger com os seus bailarinos. Além disso, temos durante as apresentações uma maioria de artistas já consagrados. Iniciamos a programação, justamente por não sermos conhecidos, trazendo os amigos que cantavam muito bem. E agora, praticamente, temos artistas que já querem participar e expressam essa vontade", comenta.
Para Alessandra, o festival também é sinônimo de celebração por levar adiante o objetivo da solidariedade. "Eu acredito que este seja o diferencial: a maioria dos nossos cantores é profissional. Isso nos honra muito, pois, na verdade, são eles que nos procuram. E se, por acaso, chegamos até alguém, como é o caso da Diva do Brega e do próprio Carlos Santos, que fazem questão de participar, isso realmente nos enche de orgulho ao ver a proporção que tomou", reforça Alessandra.
Quem prestigiou a noite de apresentações foi o cantor João Souza, que reforçou o impacto do festival em prol de quem mais. “Eu já tinha ouvido falar do projeto. Eu nunca tinha ido [ao show], é a minha primeira vez. Eu fui convidado pelo Wanderley Andrade e acredito que será excelente. Acredito que vai ajudar muitas pessoas. É gratificante poder contribuir e espero que isso incentive outros artistas a fazerem esse gesto solidário por quem precisa”, relata João.
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