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Museu Emílio Goeldi realiza exposições, trilhas e palestras durante a 17ª Primavera dos Museus 2023

As atividades iniciaram com uma proclamação simbólica do Parque Zoobotânico como Terra Indígena nesta terça-feira (19), em Belém

O Liberal
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A programação da “17ª Primavera dos Museus 2023” — ação anual coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) — iniciou nesta terça-feira (19), no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém. As atividades iniciaram com uma proclamação simbólica do Parque Zoobotânico como Terra Indígena. Este ano, intitulado de “Memórias e democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas", a Primavera vai ocorrer nas cinco regiões brasileiras. É a primeira vez que a Primavera de Museus traz para a centralidade das discussões a memória social da comunidade LGBT+. A programação segue até o dia 24 de setembro.

A palestra inaugural da Primavera no Museu Goeldi foi realizada pela antropóloga Cláudia López Garcés nesta terça. Durante a programação, haverá exposições, trilhas, mesas redondas para debater acerca das populações tradicionais, além de rodas de conversa sobre representatividade LGBT. Um encontro de pontos de memória do Baixo Acará está marcado para o sábado (23), na comunidade quilombola no Acará, onde também vai ocorrer exposição de kits educativos do Clube do Pesquisador Mirim, do Museu Goeldi.

No Parque Zoobotânico, na quarta-feira (20) e na quinta-feira (21), haverá a trilha Afro-Amazônica “África, presente!”; na quinta, ocorre também a trilha “Vivência indígena: caminhos para a ancestralidade”. Emanoel Fernandes conta que “a ideia é que iniciem essas atividades com a Primavera, mas frutifique nos próximos sete meses”, quando chega a Belém a exposição “Nhe'ẽ Porã: Memória e Transformação”, em parceria com o Museu da Língua Portuguesa. O agendamento para participar das trilhas educativas no Parque Zoobotânico deve ser realizada previamente pelas escolas interessadas através do e-mail nuvop@museu-goeldi.br.

Também entre as atividades, haverá rodas de conversa sobre a epidemia da AIDS/HIV durante os anos 1980 e 1990 e o aumento expressivo da doença entre a população mais jovem. Além disso, haverá homenagem à professora Dra. Helena Quadros do Museu Goeldi, vítima de covid-19 durante o auge da pandemia, que fazia um trabalho de educação e sensibilidade no bairro da Terra Firme. 

“A intenção, ao fazermos esse debate, é que ele se prolongue não apenas como parte de uma semana de programação, mas ao longo dos próximos meses, em que essas pautas continuarão vigentes aqui dentro, continuarão sendo debatidas e, principalmente, serão colocadas em prática. É uma maneira que a instituição tem de se recolocar pensando na museologia do futuro”, considera Emanoel Fernandes, coordenador de Museologia do Museu Goeldi.

Para Fernandes, a proclamação do Parque como terra indígena é uma simbologia importante para trazer a instituição centenária para o protagonismo dos debates contemporâneos que envolvem a democratização dos espaços, dos corpos, da ciência, da Amazônia e da Museologia. “Isso é parte do compromisso que o Museu tem e reafirma com os valores democráticos e, principalmente, com os direitos das comunidades indígenas”, afirma.

Programação do Museu Goeldi na 17ª Primavera dos Museus:

19/09
10h às 12h - ABERTURA - Conferência de abertura e proclamação simbólica do Parque Zoobotânico como Terra Indígena.
Local: Centro de Exposições Eduardo Galvão do Parque Zoobotânico

15h às 16h - Abertura da Exposição “A Amazônia, uma floresta virgem?”
Local: Hall da Biblioteca Clara Galvão
(Visita guiada mediante a agendamento por e-mail: nuvop@museu-goeldi.br)

20/09
18h30 às 20h30 - Seminário webinário “E agora somos Pontos de Memória”
Local: Plataforma Virtual

20/09 a 21/09
09h às 15h - Trilha Afro-Amazônica “África, presente!”
Local: Parque Zoobotânico
(Visita guiada mediante a agendamento por e-mail: nuvop@museu-goeldi.br)

21/09 a 24/09
09h às 16h - Exposição e venda de produtos indígenas
Local: Parque Zoobotânico

21/09
09h às 16h - Exposição do acervo do Clube do Pesquisador Mirim/MPEG e da Coleção Didática “Emília Snethlage”
Local: Escola Monsenhor Azevedo

09h - Trilha Indígena “Vivência indígena: caminhos para a ancestralidade
Local: Parque Zoobotânico
(Visita guiada mediante a agendamento por e-mail: nuvop@museu-goeldi.br)

10h - Mesa Redonda “A importância das populações tradicionais para a preservação dos ecossistemas Amazônicos”.
Local: Escola Monsenhor Azevedo 

22/09
09h às 12h - Roda de Conversa “Terra Firme e a diversidade: representações LGBT+ no bairro”.
Local: Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi (Av. Perimetral, 1901)

18h às 20h - Roda de conversa “Fervo também é luta: lugares de memória LGBT+ em Belém do Pará”
Local: Bar da Ângela (Rua Barão de Igarapé Miri, 659 – Guamá)
 
15h às 17h - Oficina Ponto de Memória Terra Firme “Terra Firma convida: oficina afro-amazônica”
Local: Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi (Av. Perimetral, 1901)

23/09
09h às 14h - Encontro de Pontos de Memória do Baixo Acará
Local: Comunidade Quilombola Santa Maria de Itacoã-Miri (Acará)

09h às 14h
Exposição de Kits Educativos do Clube do Pesquisador Mirim/MPEG
Local: Comunidade Quilombola Santa Maria de Itacoã-Miri (Acará) 

24/09
9h às 12h - Domingo é dia de Ciência
Local: Parque Zoobotânico

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