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Museu busca cooperação científica para ter laudo sobre queda de árvore

Processo da retirada da parte do tronco que caiu em prédio histórico é delicado e está em conclusão

Dilson Pimentel
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O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) ainda não tem o laudo da árvore Guajará, cujo acidente ocorreu no dia 1º deste mês. É que, para ter um laudo mais preciso sobre a saúde do Guajará, o Museu informou que quer usar um equipamento que a instituição não dispõe. “Estamos em busca de cooperação técnica para viabilizar essa análise. A atenção da equipe do MPEG foi em retirar a sobrecarga de cima da Rocinha, diminuir os danos, proteger o prédio e retirar o mobiliário expositivo de dentro”, informou, por meio de sua assessoria de comunicação. “O processo da retirada da parte do tronco que caiu na Rocinha é delicado e está em conclusão. O passo seguinte é cobrir com lona e fazer um telhado provisório até conseguirmos os recursos para a restauração da Rocinha”, acrescentou.

A retirada do tronco sobre a Rocinha está ainda para ser concluída. Já foram finalizadas duas etapas - retirar o que caiu sobre o telhado, os detritos que caíram dentro do prédio, e uma parte do braço que tombou. Ainda pesa sobre o prédio da Rocinha uma parte considerável desse braço tombado, que, segundo os bombeiros, foi estimado entre duas e três toneladas. O MPEG aguarda liberação de recursos do MCTI para contratar a empresa que fará o laudo do Guajará. Os bombeiros e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) foram os primeiros parceiros que socorreram o MPEG. Eles atuaram na avaliação inicial do incidente e nas primeiras ações para resolver os danos.

No dia 1º de janeiro, o Museu Paraense Emílio Goeldi registrou uma grave ocorrência em suas instalações. Pela manhã, uma longa ramificação se partiu do Guajará, árvore de 42 metros, espécime-tipo e o mais antigo ser vivo da coleção do Parque Zoobotânico, e tombou sobre o prédio histórico da Rocinha, pavilhão expositivo nobre datado de 1879.

Direção do Museu empreenderá todos os esforços junto às autoridades para garantir a restauração do prédio

O impacto provocou danos à estrutura do prédio histórico, único exemplar característico das casas rurais típicas do século XIX de Belém aberto à visitação pública. Janelas, tesouras e laje foram afetados, assim como o mobiliário expositivo. O atendimento emergencial para a avaliação preliminar dos danos e as primeiras medidas protetivas foram realizados com o apoio de equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Como não havia funcionários circulando pelo local, ninguém foi atingido ou ferido. As demais espécies animais e vegetais também não foram atingidas. A direção do Museu Goeldi empreenderá todos os esforços junto às autoridades federais, estaduais e municipais para garantir a restauração do prédio tão caro à história da ciência, da instituição e de Belém.

A título de esclarecimento: Goeldi e Hube, com a a ajuda do Lohse, projetaram o Parque Zoobotânico. A Rocinha já existia naquele local quando o Museu Paraense ali se instalou. Ao desenhar o Parque Zoobotânico, que foi ganhando terreno ao longo de anos até chegar o tamanho atual no início do século XX, Goeldi e Huber elaboraram uma geografia para representar o desenvolvimento do conhecimento sobre a Amazônia. Em um extremo do Parque fica a herma em homenagem a Spix e Martius, no outro extremo o busto em homenagem à Ferreira Penna (naturalista mineiro que foi o primeiro diretor do MPEG) e, no meio, o prédio da Rocinha.

O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informa que não houve solicitação de perícia para esta ocorrência.

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