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Círio 2022: venda de fitinhas e de outros artigos começa a movimentar Belém

Procura por esses acessórios deverá aumentar durante este mês de setembro

Dilson Pimentel
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A expectativa dos vendedores de fitinhas e de outros artigos do Círio de Nazaré é de que, à medida que se aproximar o dia da grande procissão, em outubro, aumente a procura por esses acessórios. Já no início de setembro, a venda desses itens já começa a movimentar a cidade, especialmente próximo da Basílica Santuário de Nazaré.

Na manhã desta quinta-feira (1º), só havia três vendedores na área que fica em frente à Basílica Santuário de Nazaré. As tradicionais fitas do Círio representam os pedidos dos fiéis à Nossa Senhora de Nazaré.

Muitas promessas são feitas por meio desses objetos, que são amarrados no braço dos fiéis ou na grade da igreja, em Nazaré. Há dezenas dessas fitinhas na grade da igreja e na grade de acesso à Praça Santuário. A fita é, portanto, um símbolo da fé. Os romeiros fazem três pedidos, com três nós. 

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João Barboza, 59, vende fitinhas em frente à Basílica há cinco anos. Ele começa a vender esses objetos quando é iniciada a programação do Círio de Nazaré e, também, nas missas, aos domingos, na Basílica. “Tá meio lento, mas vai começar a melhorar”, disse. João acredita que, a partir do dia 10, o movimento começará a se intensificar e as vendas, também.

Cada fita custa 70 centavos. Ele vende fitas de diversas cores. Cada pacote tem 100 fitas. E ele, ontem, estava com 21 pacotes dessas fitinhas. Entre as cores preferidas dos compradores, João citou azul, vermelha, branca e amarela. Quando o movimento está bom, ele vende R$ 100 por dia. “No Círio, aumenta para R$ 200, R$ 300”, afirmou.

João mora no bairro da Cremação e chega em frente à Basílica entre 7 e 8 da manhã. E fica até 12 horas, horário da missa. “Aí, vou embora e vou à tarde”, contou. Ele ainda não é aposentado. “A gente tem que procurar trabalhar e, com a venda, ganha uma renda extra. A gente tem que se virar um pouquinho”, contou.

image Dona Anamélia Maia, de 81 anos, foi em uma barraca de fitinhas e de outros acessórios. “Eu comprei seis bolsinhas (dessas de guardas moedas) de Nossa Senhora de Nazaré, que vou levar para minhas primas no Rio de Janeiro”, contou (Ivan Duarte/O Liberal)

Vendedora diz que paraense começa a comprar artigos do Círio agora em setembro

Sílvia Coelho, 55, vende fitinhas, terços e outros acessórios do Círio há 20 anos. Na barraca dela, cinco fitas são vendidas por R$ 1,00. “Mandei fazer 900 milheiros. Nem sei te dizer o quanto isso dá. É muita fita. Sai quase tudo no Círio”, contou. Em cada pacote ela coloca 300 fitas e há muitos pacotes em sua venda. “Ainda não começou o movimento. Está bem devagar”, disse.

A partir do dia 25, o negócio começa a melhorar”, afirmou. Segundo ela, o povo paraense só começará, agora em setembro, a comprar os acessórios para se preparar para o Círio de Nazaré. “Compram fitas e outras lembranças para distribuir para os amigos que vem de fora”, contou.

Pela manhã, uma mulher comprou R$ 50 em fitas na barraca de Sílvia. Dona Anamélia Maia, de 81 anos, foi em uma barraca de fitinhas e de outros acessórios e pesquisou esses itens. “Eu comprei seis bolsinhas (dessas de guardas moedas) de Nossa Senhora de Nazaré, que vou levar para minhas primas no Rio de Janeiro”, contou.

Devota de Nossa Senhora de Nazaré, dona Amélia disse que pretende comprar outros objetos relacionados ao Círio de Nazaré. “Se eu pudesse, ia levar muita coisa bonita aqui. Mas eu só recebo (a aposentadoria) amanhã (sexta-feira). Aí venho comprar uns chaveiros e outras coisas”, contou.

Este será o primeiro Círio presencial depois da pandemia, que começou em 2020. E, em 2019, mais de três milhões de fitinhas coloridas da grade da Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré foram incineradas, no Seminário Mãe da Divina Providência, em Benevides. Diante da grande quantidade delas e da necessidade de pintura na grade, as fitinhas foram “incineradas em intenção às orações feitas”, conforme explicou, à época, a Basílica em suas redes sociais.

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