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Ambulantes movimentam economia com venda de artigos religiosos na semana do Círio

Presentes aparecem em todos os preços e formas e são opções para quem economizar na hora de demonstrar a fé

Eduardo Laviano
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Não faltam opções em Belém para quem quer comprar presentes ou lembranças do Círio de Nazaré.

Basta chegar em frente a Basílica Santuário para avistar diversos ambulantes que expõem fitas, chaveiros, mantos, terços e escapulários com a imagem da Virgem.

Os preços variam: as fitinhas de cetim típicas da quadra nazarena saem por R$0,50, enquanto mantos mais elaborados com pedrarias e cristais podem custar R$80.

Há 25 anos, Silvia Rodrigues vende todas as opções possíveis de objetos relacionados ao Círio. Ela é católica e está otimista com as vendas desse ano.

"Trabalho com outras coisas, mas sempre na época das festas, além de prestigiar Nossa Senhora, ainda ganho dinheiro. Ela me ajuda a ganhar o pão de cada dia com o Círio. Espero que esse ano seja melhor que ano passado. Apesar de não ter Círio ano passado nós fomos para rua vender nossas fitinhas e camisas. Tenho fé nela que esse ano será melhor. Desde semana passada as compras estão ótimas e essa semana vai estar melhor ainda", afirma.

Ela conta que o bolso do consumidor já viveu dias melhores em relação aos preços dos artigos nazarenos.

As fitas de cetim, por exemplo, já custaram quatro por um real, ou seja, $0,25 cada. Hoje, custam o dobro.

Já os mantos decorados que vestem as imagens que decoram as casas dos paraenses católicos possuem preços variados: R$20, R$45, R$50 e R$80.

Alguns vendedores do local viajam para Belém apenas durante a época do Círio e muitos deles são cearenses.

Francisco Torres até incluiu terços feitos com caroços de açaí no catálogo, para valorizar a cultura regional.

Já Francisca Raquel chegou há três dias na companhia do marido, que passeia pela praça com terços gigantes carregados no braço, ao preço de R$10 cada.

Ela cultiva esse hábito há cinco anos e toda a produção dela vem de Fortaleza. 

"Minha mãe todos os anos vinha e me trazia para cá. Foi assim que conheci a festa. Ela era devota. Procuram de tudo mas até agora a venda está fraca, estou achando. É por causa da pandemia. Ano passado o movimento estava bem melhor. Não sei se depois de terça ou quarta vai dar uma melhorada. Mas, quando acaba o Círio, a gente vai para outros festejos, como as procissões do interior. Graças a Deus, não sobra", relata.

Antônio Lopes é soldador e comprou várias lembranças para dar de presente aos vizinhos e amigos que moram em Santa Izabel do Pará, na Grande Belém, onde ele reside. 

"É para dar para quem é devoto e não tem condição de vir para Belém. São presentes baratos e simples mas às vezes é tão caro vir para Belém. Aí estou levando. Os preços estão bons, está normal eu acho. Vou levar para uns colegas e também uma prima. Hoje vim trazer uma promessa que alcancei para ela [a Virgem} e aproveitei para comprar umas coisa aqui na frente", afirma. 

Fiscalização

Enquanto a reportagem de O Liberal conversava com vendedores, agentes da Secretaria Municipal de Urbanismo solicitaram aos ambulantes que ocupavam a calçada da Avenida Nazaré que se transferissem a rua Padre Gaudêncio Ramos, na outra lateral da Basílica.

Diversos comerciantes questionaram a ordem e afirmaram que tinham permissão de membros da Basílica para estabelecerem suas vendas na calçada da avenida Nazaré.

Rafael Braga, coordenador geração de organização pública da secretaria, afirmou que a reorganização do espaço havia sido um pedido da diretoria da festa, pois alguns transeuntes estavam passando entre os pontos de venda para ter acesso a praça Santuário na tarde desta segunda-feira (4).

"Fomos provocados pela diretoria para fazer esse trabalho de reordenamento de trabalhadores informais, para que possam exercer suas atividades econômicas, mas de forma a não prejudicar o direito de ir e vir da população, porque da forma que está, eles estão prejudicando a frente da Basílica. O turista que vem acompanhar a festa não está conseguindo ter acesso a calçada da Basílica por conta de todas essas vendas e atividades. O que vamos fazer aqui é o trabalho de reordenamento de segunda até o sábado (9), pois depois desse período não é habito deles ficarem nesse espaço. Eles estão obedecendo e aceitando normal, tudo tranquilo", diz. 

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