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Motociclistas lideram infrações no mês de agosto, aponta Semob

Das 2.151 autuações aplicadas pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB), 791 foram contra os condutores de motocicletas, ou seja, 36,77% das ocorrências

Ana Carolina Matos
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Os motociclistas foram considerados os mais imprudentes e os que mais infringiram as normas de trânsito no último mês de agosto, segundo dados divulgados pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB). Conforme o órgão, no primeiro mês de fiscalização mais coercitiva na cidade, foram realizadas 2.151 autuações, das quais 791 foram aplicadas contra os motoristas habilitados na categoria A, ou seja, que conduzem motocicletas - o que representa 36,77%.

As infrações foram as mais variadas, mas a predominância ficou para flagrantes de condução sem capacete, com 433 das ocorrências. Na avenida Augusto Montenegro, em frente ao conjunto Natália Lins, no bairro do Mangueirão, não é difícil perceber por qual motivo as multas deste tipo são as campeãs. O número de motociclistas que trafegam sem o uso do principal item de segurança é grande e os flagrantes de infrações deste tipo são incontáveis. 

Mototaxista em um ponto bem em frente ao residencial, Maicon Silva, de 30 anos, justifica a ação, a menos pelo ponto de vista da categoria. "Muitas vezes, são os próprios passageiros que não querem usar o capacete, principalmente quando pegamos corrida aí pra dentro da Cabanagem. Eu, por exemplo, só trago o meu pra cá porque o passageiro só usa capacete quando a corrida é pra longe. Quando temos corridas mais pro centro, eles já sabem que só com o capacete, aí realmente tem que ter", revela ele, que alega que, em casos deste tipo, a única medida de segurança tomada é seguir com a velocidade reduzida. 

Apesar disso, ele explica que a maior parte dos mototaxistas evita ao máximo, quando pode, infringir as normas de trânsito. "Multa é prejuízo pra gente. A gente tá trabalhando. É a nossa opção de trabalho enquanto estamos desempregados", pontua. 

Trabalhando com delivery há 11 meses, Murilo Silva, de 19 anos, conta que costuma tomar todas as precauções necessárias com a motocicleta que tem lhe garantido o sustento. "Sempre procuro deixar a manutenção da moto em dia. Observo a corrente, os freios, por exemplo. Antes de vir trabalhar, sempre verifico se o freio está funcionando, porque às vezes ele não está tão bom, então sempre tem que ficar verificando, assim como a corrente", detalha ele, que afirma manter sempre o uso de capacete.

Murilo revela que, desde que tirou a carteira de habilitação, não tomou nenhuma multa sob a motocicleta - apenas com carro, e por excesso de velocidade. Mesmo assim, o jovem confessa que tenta conciliar o desafio de fazer as entregas com a agilidade que os clientes exigem, mantendo o cuidado no trânsito. "Como a gente trabalha com delivery, a gente sempre tem um cliente esperando. Então a gente sempre costuma andar na faixa de 50 a 60km/h. É perigoso, porque em alguns lugares a gente acaba andando acima da velocidade em alguns locais, mas graças a deus nenhuma multa e nenhum acidente", pontua. 

Ranking

Coordenador de Operação e Fiscalização de Trânsito (COFT) da SeMOB, Elias Jardim explica que trafegar sem o uso de capacete é uma infração gravíssima, segundo o artigo 244 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), passível do recolhimento do documento de habilitação como medida administrativa e a penalidade é multa de R$ 293,47, 7 ponto da CNH e a suspensão do direito de dirigir. No primeiro semestre, a ação da fiscalização de trânsito foi mais educativa, o que mudou desde o último mês. “A partir de agosto, a fiscalização está sendo mais coercitiva”, explicou o coordenador do COFT. 

O retorno indevido por cima da faixa de pedestre; transporte de criança menor de 7 anos e sem observância às normas de segurança estabelecidas pelo CTB; o uso de capacete sem os óculos de proteção; transporte passageiro fora do assento e uso calçado que não se firme no pé e comprometa a utilização dos pedais, também foram autuações realizadas neste período, aponta Jardim. 
No ranking, dirigir manuseando, segurando e falando ao celular ocupou a segunda colocação com 118 multas, seguido de estacionamento no passeio, com 113; estacionar em fila dupla, com 91 autuações; transitar e estacionar em ciclofaixa com 60 e 21 autuações, respectivamente. 

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