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Motociclistas e condutores de carros continuam usando ciclofaixas de maneira indevida em Belém

Pandemia diminuiu o número de infrações, mas cotidiano ainda é de desrespeito nas ruas da capital

Dilson Pimentel
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O número de infrações por transitar e estacionar nas ciclofaixas em Belém diminuiu no ano passado em relação a 2019. Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém, foram 2.990 infrações por transitar na ciclofaixa em 2019. E, em 2020, 627. Já as infrações por estacionar na ciclofaixa somaram 213 em 2020 contra 719 em 2019. Mas isso não representa consciência por parte dos infratores.

Na avaliação da Semob, a redução de infrações em 2020 se deu em virtude da diminuição de veículos nas vias por causa da pandemia. As infrações são registradas exclusivamente em ciclofaixas. As ciclovias, que têm uma separação física da via de tráfego misto, não comportam a entrada de veículos.  Motociclistas que trafegam pelas ciclofaixas e condutores que estacionam seus veículos nesses espaços exclusivos dos ciclistas são, portanto, algumas das principais infrações cometidas, diariamente, nas ciclofaixas da capital.

Na manhã desta sexta-feira (12), a Semob começou, pela ciclovia da travessa Antônio Baena, uma ação para promover a segurança do ciclista. Os agentes da Semob vão apresentar à população noções de legislação, respeito e convivência para utilizar as ciclofaixas e ciclovias da capital.

O pedreiro José Ribamar Rodrigues da Silva tem 58 anos e usa a bicicleta no deslocamento para o trabalho. Morando no bairro da Marambaia, ele diz que pedalar nas ruas de Belém todos os dias é arriscado. “Tem que ter mais espaço para os ciclistas. Os motoristas não respeitam, disse ele, que usa a bicicleta todos os dias. “Teve um dia em que um ônibus quase me jogou na vala, na Augusto Montenegro. Se eu não tivesse sido rápido, tinha quebrado toda a minha cara”, contou. “A gente precisa de proteção e respeito”, afirmou José Ribamar, que se desloca para o centro de Belém e até mesmo para Marituba.

Ciclista e motociclista têm o seu espaço e regras a seguir, diz diretor da Semob

Diretor de Trânsito da Semob, Roberto Broni falou sobre a ação. “Essa atividade que estamos desenvolvendo hoje é uma retomada da Semob às campanhas de educação para o trânsito. É para conscientizar tanto o ciclista quanto o motociclista de que cada um tem o seu espaço e suas regras a seguir. A gente quer fazer um trabalho de conscientizar para que um não invada o espaço do outro”, disse.

“Esse trabalho vai começar a partir das ciclofaixas aqui das transversais da (avenida) Almirante Barroso. Depois vamos passar para a Duque, Pedro Álvares Cabral e ao longo da Almirante Barroso e Augusto Montenegro. Essas ações vão durar 15 dias”, explicou. Nessas vias há um tráfego mais intenso e, segundo o diretor da Semob, o motociclista tende a querer invadir o espaço da ciclovia para ter um posicionamento melhor na saída do semáforo.

As infrações mais comuns são motociclista  e condutor transitando pela ciclofaixa, desrespeitando a legislação e colocando em risco a segurança do ciclista num espaço já delimitado para a segurança do ciclista. “Temos levantamento de acidentes com base na central de rádio da Semob, que a gente atende nesses principais corredores da Almirante, um índice grande de acidentes envolvendo motociclista e moto. Por isso, priorizando este local”, contou.

Nesse Carnaval, e por causa do decreto que restringe as atividades em Belém, as ações da Semob serão pontuais. “Nossa intenção é, primeiramente educar, fazer a conscientização dos artistas que participam desse teatro, que é o nosso trânsito”, contou. “A gente quer que as pessoas adquiram a consciência. A multa penaliza financeiramente, mas, se não tiver a consciência, vai reincidir na infração”, afirmou.

Ciclofaixa não é estacionamento

Chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Semob, Tatiane Pinheiro reforçou que a ação é para dar segurança na mobilidade do ciclista. “O que a gente vê muito hoje na cidade são os motociclistas utilizando a ciclofaixa, dizendo que estão atrasados e que por ali é mais rápido. Estamos também aqui para fazer essa ação, para desobstruir para tirar da ciclofaixa esses empecilhos, os carros que estacionam nas ciclofaixas”, afirmou. Ela disse que a ciclofaixa é exclusiva para o ciclista. Ciclofaixa não é estacionamento. Por isso, o  motorista não pode estacionar na ciclofaixa. E nem na calçada, que é exclusiva do pedestre.

“A abordagem é educativa. O ciclista é mais vulnerável que o motociclista e o motorista. Também abordamos o ciclista, para que tenha mais cuidado na hora de trafegar, porque o ciclista também costuma trafegar fora da faixa”, afirmou. Após a ação educativa, completou Tatiane, entra a fiscalização, para coibir de forma punitiva esse infrator.

Infrações em ciclofaixas:

Infrações por transitar na ciclofaixa

2019 - 2.990

2020 - 627

Infrações por estacionar na ciclofaixa 

2019 - 719

2020 - 213

Fonte: Semob

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Belém
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