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Moradores do Conjunto Maguari reclamam da prestação de serviços de transporte público

Atualmente, somente 4 veículos circulam no local.

Laís Santana

As reclamações com relação ao serviço de transporte público já fazem parte da rotina dos moradores do Conjunto Maguari, em Belém, há anos. Além da frota reduzida, os moradores do local agora lidam com a incerteza a respeito da manutenção do serviço. Recentemente, passou a circular a informação de que a empresa Belém Rio, responsável pelo atendimento na área, deixará de operar no conjunto no próximo dia 30 deste mês. 

De acordo com a população, apenas quatro veículos operam no conjunto atualmente, quantidade insuficiente para atender a demanda de pessoas que precisam se locomover diariamente. Muitas vezes, os moradores são obrigados a caminhar mais de 6 km até a avenida Augusto Montenegro, para conseguir embarcar em um ônibus vindo de outros bairros com direção ao centro da capital paraense. 

Outra solução adotada pela população é utilização do transporte coletivo, ofertado por vans e moto táxis. Contudo, a alternativa gera alto impacto no bolso do usuário. Para chegar até a avenida Augusto Montenegro, um mototaxista cobra em média R$ 4. Multiplicando por cinco dias da semana e pelas quatro semanas do mês o usuário gastaria, em média, R$ 80 para conseguir sair do conjunto. 

Na tarde desta sexta-feira (25), uma equipe de reportagem do jornal O Liberal esteve no Conjunto Maguari para apurar a denúncia dos moradores. Durante o período de duas horas em que a equipe percorreu diversos pontos do conjunto, foi possível localizar apenas um veículo de transporte público passando pelo local. No ponto final, a casa utilizada por motoristas e cobradores entre uma viagem e outra já foi entregue ao proprietário. 

Há dois meses trabalhando no conjunto, a diarista Raynara Suelenn conta que somente na quinta-feira conseguiu pegar o ônibus da linha Conjunto Maguari Ver-o-Peso para chegar ao trabalho. Nos outros dias, a trabalhadora chegou a aguardar o transporte público por mais de três horas e teve que optar por uma van para não chegar mais atrasada ao local de trabalho. 

“Eu sempre chego na parada às 6h porque costuma passar um ônibus 6h05, 6h10, mas ontem não passou. Hoje eu perguntei ao motorista o que tinha acontecido e ele respondeu que dois ônibus da linha tinham dado prego. Ou seja, já tem pouco e o pouco que tem ainda não funciona. Eu sei que cheguei aqui já ia dar 8h”, relata. 

 

Empresa ainda é obrigada a manter serviço, afirma Semob

Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Seob) informa que "...a empresa que opera as linhas, que atendem o conjunto Maguari, deu entrada junto à Semob, solicitando a sua saída do sistema, e desde o final de fevereiro o órgão deu início às tratativas para a substituição. Até a conclusão desse processo administrativo, a empresa fica obrigada a manter as linhas em pleno funcionamento, e a SeMOB tem mantido fiscalização constante no local, buscando assegurar que não haverá descontinuidade na prestação do serviço à população".

"A Semob tem feito fiscalizações nos finais de linha para garantir que esta oferta esteja adequada, e se comprovado que o serviço ofertado ao conjunto Maguari está abaixo do determinado pelo órgão a empresa será autuada, o que pode resultar desde a advertência até a multa, com o pronto restabelecimento da oferta necessária a atender à população. Os fiscais de transporte da Semob detectaram durante vistoria que a empresa estava operando apenas com quatro dos 22 veículos da frota determinada pela Semob para atender a área. Foram aplicadas medidas cabíveis, em caso de reincidência na descontinuidade do serviço", completou a nota do órgão.

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Belém
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