Missa no Grupo Liberal: padre Claudio Pighin reflete sobre a cegueira causada pela riqueza

Segundo o sacerdote, a parábola do rico e Lázaro, narrada no Evangelho de Lucas, mostra que possuir bens materiais não garante salvação, pois é preciso reconhecer e acolher a realidade do próximo

Gabriel Pires
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A palavra de Deus é um alerta contra a cegueira que a riqueza pode causar na humanidade. Essa é a reflexão deixada pelo padre Cláudio Pighin, durante missa celebrada na sede do Grupo Liberal neste domingo (28). Segundo o sacerdote, a parábola do rico e Lázaro, narada no Evangelho de Lucas, mostra que possuir bens materiais não garante salvação, pois é preciso reconhecer e acolher a realidade do próximo. Para isso, a escuta das Sagradas Escrituras é essencial, capaz de abrir os olhos para uma verdadeira relação de justiça e solidariedade diante de que mais precisa.

O evangelho narra a parábola de Jesus sobre um homem rico, que vivia em luxo e ostentação, e Lázaro, um pobre coberto de feridas que vivia à porta do rico, mendigando restos de comida. Quando ambos morreram, Lázaro foi levado pelos anjos para junto de Abraão, enquanto o rico foi colocado em sofrimento. Do sofrimento, ele pede ajuda a Abraão para amenizar sua dor.

O rico então pede que Lázaro vá avisar seus cinco irmãos para que não sofram o mesmo destino, mas Abraão responde que eles já têm Moisés e os Profetas para guiá-los. O rico insiste que, se alguém ressuscitasse dos mortos, eles acreditariam, mas Abraão conclui dizendo que, se não ouvirem as Escrituras, também não acreditarão mesmo diante de um milagre.

Verdadeira realidade

Padre Cláudio Pighin afirma que a palavra de Deus quer abrir os olhos da humanidade para que se tenha muito cuidado com a riqueza. Isso porque a riqueza pode cegar a vida das pessoas, impedindo-as de compreender e reconhecer a verdadeira realidade. “A parábola do Lázaro não é um conflito entre pobre e rico, mas porque o rico não consegue se salvar. O rico era uma pessoa correta, não maltratou esse pobre que estava na porta da sua casa, mas não conseguiu reconhecer, ver a realidade desse pobre”, reflete o sacerdote.

“O rico não foi capaz de ir ao encontro dele. Isto quer dizer que a riqueza pode cegar os nossos olhos, a nossa realidade. Por isso, o cuidado é cuidado e não se deixa levar para isso. Agora, para não entrar nessa cegueira, é suficiente escutar a palavra de Deus. As Sagradas Escrituras ajudam a reconhecer e a fazer a verdadeira experiência de relação entre as pessoas, entre ricos e pobres, entre pessoas diferentes”, acrescenta o padre. 

Segundo o sacerdote, essa relação é mantida e sustentada pela escuta das Sagradas Escrituras. “Até os países, podemos aplicar também aos países ricos, que não sabem reconhecer a realidade dos pobres, dos países pobres, por exemplo. Tantas conotações, também políticas e econômicas, não são reconhecidas, porque são mantidas pela riqueza. Essa riqueza não ajuda a reconhecer a realidade do outro”, analisa Pighin.

Tradição

A missa, no Grupo Liberal, é aberta aos fiéis e é realizada todo os domingos, às 11h, na avenida Rômulo Maiorana, no bairro do Marco, em Belém. A celebração é presidida pelo padre Cláudio Pighin, que também é diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco.

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