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Acaba estoque de máscaras em Belém por medo de coronavírus

Farmácias registram falta do equipamento bastante demandado pela população

Eduardo Rocha

As máscaras de rosto utilizadas em escala mundial na prevenção ao novo coronavírus e outras doenças estão em falta nas farmácias de Belém. A reportagem da Redação Integrada esteve, nesta quinta-feira (27) à tarde, em estabelecimentos que comercializam esse tipo de produto e constatou que as máscaras não estavam à venda. Outro item bastante utilizado, o álcool em gel, também começou a desaparecer das prateleiras das farmácias.

Em uma loja de material e equipamentos no centro de Belém, não havia máscaras para comercialização, e a previsão é de que em um prazo de 60 dias o estabelecimento esteja com seu estoque restabelecido. O preço da máscara varia de R$ 4 a R$ 15 dependendo da marca.

Em uma farmácia no bairro do Marco, a máscara que era vendida a R$ 16, já está em falta. Em outro estabelecimento do ramo, na Avenida Visconde de Souza Franco, no bairro do Umarizal, acabou a máscara comercializada a R$ 18. O álcool gel também terminou – o produto era vendido entre R$ 4,99 a R$ 10. Foram comercializadas 12 máscaras no local na quarta-feira (26). Em outra farmácia na Doca, a máscara terminou na semana passada, e o álcool gel terminou nesta quinta-feira. Uma caixa com 100 máscaras custava R$ 26 ao consumidor. Eram vendidas seis unidades por dia, e ainda nesta quinta-feira mais de dez pessoas procuraram pelo produto no estabelecimento.

No bairro da Pedreiras, duas farmácias indicaram a falta de máscaras, e em apenas uma havia álcool gel para venda.

Preocupação

Hosanas Galvão, 51 anos, servidora pública, informou em uma farmácia na Doca de Souza Franco que há dois dias procura por álcool gel. “Nem os pequeninos tem mais. Eu já fui em quatro farmácias. Também, eu fui em dois locais que vendem equipamentos de proteção hospitalar e eles também não têm”, relatou.

Hosanas externou a preocupação dela com a com o novo coronavírus.”Antes de chegar no Brasil, eu já estava preocupada;  esse o vírus se espalha no mundo, e, provavelmente, viria para o Brasil, porque não fecharam as fronteiras, todo mundo está viajando normalmente, não tem um controle”, disse. Ela relatou que, como prevenção, busca obter o material básico contra a transmissão do vírus. “Eu acho que o Governo devia se preocupar, porque se não tem uma máscara  e o álcool, que é o básico, fica difícil”, assinalou. A senhora disse que se o coronavírus vier para o Pará ela não deixará os filhos irem mais para a escola, “porque é muito preocupante”.

Em contato direto com o público na banca de revista em que atua há 35 anos, Alvino Barreto, 60 anos, também está alerta sobre o novo coronavírus. “A situação é preocupante, e nós, brasileiros, paraenses, belenenses, temos que ter cuidado, investir na higiene e, como falou ontem o ministro, não ficar muito em grupo, não dividir seus  objetos pessoais. Não é para ficar alarmado, mas tem que ter cuidado”, afirmou.

Atentos

O Conselho Regional de Farmácia (CRF/PA) orienta os farmacêuticos quanto à prevenção ao coronavírus. “O CRF PA faz um trabalho contínuo de educação com os profissionais farmacêuticos. Fizemos uma campanha orientativa para que os profissionais estejam aptos a esclarecer as pessoas que procuram os estabelecimentos farmacêuticos em busca de auxílio. O farmacêutico deve orientar a população em como reduzir o risco de infecção e, em casos suspeitos, encaminhar o paciente ao hospital mais próximo para os devidos procedimentos, destacou o presidente da entidade, Daniel Jackson Costa.

No Pará, 2.768 farmacêuticos atuando em farmácia. Desses, 865 trabalham em Belém. De acordo com o

Ministério da Saúde, os profissionais da saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

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Belém
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