Marituba está sem coleta regular de lixo há quase três semanas

Prefeitura alega que houve problemas de acesso ao aterro sanitário

Victor Furtado
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Há quase três semanas, Marituba está sem coleta de lixo. Por todos os bairros, inclusive o Centro, resíduos se acumulam pelas ruas e vão sendo pendurados onde for possível, para evitar que animais em situação de rua rasguem os sacos e espalhem ainda mais sujeira. Sobram reclamações do fedor que já exala do aterro sanitário e agora o fedor das ruas, além dos ratos, baratas e moscas invadindo as casas. Para se virar, muitos moradores do município estão pagando carroceiros, que apenas transportam os problemas para outros lugares.

Em nota, a Prefeitura de Marituba informou que "...houve problemas técnicos na coleta de lixo domiciliar do dia 15 ao dia 25 de novembro. Os nove coletores que operam diariamente passaram por problemas técnicos, que geralmente ocorrem neste período de chuva intensa, onde fica intrafegável o acesso às montanhas de lixo do aterro sanitário. Os caminhões coletores não conseguem subir na montanha de resíduos, sendo necessário a utilização de um trator de esteira para puxar os veículos. Toda vez que isso ocorre os caminhões coletores danificam. Isso faz com que a frota fique desfalcada, com isso ocorra a insuficiente de veículos para a coleta de lixo".

image População é obrigada a passar pelo meio do lixo e reclama de fedor pelas ruas, além do já causado pelo aterro (Ivan Duarte / O Liberal)

"Informamos que o serviço já foi normalizado no dia 26, sendo que em torno de cinco dias já estará normalizada e sob controle a coleta de lixo. A prefeitura de Marituba conta com a compreensão de todos", conclui a prefeitura. As prefeituras de Belém e Ananindeua também dependem do aterro sanitário que fica em Marituba, da Guamá Tratamento de Resíduos. Não houve prejuízo nas coletas desses dois municípios.

Seis dias passaram nesta terça (1º de dezembro). Várias ruas e bairros seguem com problemas. Como a rua da Cerâmica, no bairro Novo Horizonte. "Já deu três semanas e o lixo acumulando e fedendo. Tá séria a situação aqui, na feira... É mosca, barata, carapanã...", reclamou a dona de casa Valdeni Batista.

image Na rua da Cerâmica, o lixo acumulado incomoda até o ponto de pessoas pagarem carroceiros para levar o problema para outro lugar (Ivan Duarte / O Liberal)

No bairro Centro, a comerciante Carola Alves diz que precisa pagar carroceiros para levar o lixo embora. Para onde, ela não sabe. "Isso não é novo. De vez em quando temos esse problema e ficamos semanas sem coleta. Já tivemos períodos de um mês sem recolherem o lixo. Vai ficando insuportável lidar com esse fedor", criticou.

Em nota, a Guamá Tratamento de Resíduos informou que "...não registrou nem identificou ocorrência que possa ter causado atraso no processo de descarte dos clientes/usuários do Aterro Sanitário de Marituba. Informa que, do período de 15 a 25 do mês de novembro, o município de Marituba descarregou 448 toneladas em 106 viagens de caminhão. O tempo médio de descarga dos caminhões foi de 30 minutos, que são condições adequadas e compatíveis com as semanas anteriores do mês".

"Sobre a questão do odor, a Guamá tem adotado várias medidas para sua mitigação. Como parte dessas iniciativas, a empresa instalou um sistema de aspersores para minimizar sua dispersão na comunidade do entorno, assim como cobertura diária dos resíduos, cobertura das lagoas de armazenamento de chorume e instalação de filtros nos respiros das lagoas", diz a nota da empresa responsável pelo aterro sanitário.

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