Marinha celebra 160 anos da Batalha Naval do Riachuelo com cerimônia em Belém
A solenidade teve como destaque a encenação e narração dos fatos históricos ocorridos no dia 11 de junho de 1865

O Comando do 4º Distrito Naval realizou, nesta quarta-feira (11), uma cerimônia cívico-militar em alusão ao Dia da Marinha, na Escadinha do Cais do Porto, em Belém. O evento marcou os 160 anos da Batalha Naval do Riachuelo, considerada decisiva para os rumos da Guerra da Tríplice Aliança (1864–1870), ao impedir o acesso do Paraguai ao mar e, com isso, a chegada de armamentos estrangeiros.
A solenidade teve como destaque a encenação e narração dos fatos históricos ocorridos no dia 11 de junho de 1865. Na ocasião, a Força Naval brasileira, fundeada no Rio Paraná, na altura do arroio Riachuelo, ao sul da Cidade de Corrientes, avistou a aproximação da frota paraguaia, composta por oito navios e seis chatas artilhadas, embarcações mais ágeis em águas rasas.
Apesar da dificuldade imposta pelo calado maior de seus navios, a Esquadra brasileira, sob o comando do Almirante Francisco Manoel Barroso, adotou uma tática arrojada: lançou a Fragata Amazonas contra as embarcações inimigas, em manobra de abalroamento que resultou na vitória brasileira.
Durante a cerimônia em Belém, o público pôde observar de perto dois navios atracados no cais da Estação das Docas. O Navio-Auxiliar “Pará”, utilizado em missões de transporte de tropas e ações humanitárias na região amazônica; e a Corveta “Solimões”, embarcação conhecida por atuar como Navio-Museu no píer da Casa das 11 Janelas. A Corveta passa por reparos e deverá ser reaberta à visitação ainda em 2025.
Ao discursar no evento, o Vice-Almirante Adriano Marcelino Batista, Comandante do 4º Distrito Naval, destacou a importância de aproximar a Marinha da população. “Muito mais do que rememorar fatos e heróis do passado, nós queremos projetar o presente e o futuro. Trazer o evento, trazer a Marinha para a visibilidade, para o contato com o público, permite que as pessoas conheçam um pouco mais das atividades que a Marinha executa. Além da defesa da soberania nacional, as outras atividades subsidiárias, como a realização de pesquisas científicas e a atuação como Autoridade Marítima, na qual nós capacitamos as pessoas que trabalham no mar e fiscalizamos as atividades que são realizadas no mar”, afirmou.
Medalha da Ordem do Mérito Naval
Durante a programação, dez personalidades civis e militares foram condecoradas com a Medalha da Ordem do Mérito Naval, nos graus de Comendador e Cavaleiro. A honraria, criada em 4 de julho de 1934, reconhece militares da Marinha que se destacam no exercício da profissão, além de instituições civis e militares, nacionais e estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços à Marinha do Brasil.
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