Mais de 120 voluntários encenam a chegada dos fundadores da Assembleia de Deus a Belém
A programação teatral começou por volta das 9h, na Escadinha do Porto, e seguiu em cortejo para a Avenida Presidente Vargas
Centenas de fiéis e mais de 120 voluntários caracterizados com roupas da época participaram na manhã deste sábado (18), em Belém, da reconstituição da chegada à capital dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Assembleia de Deus. Essa é uma das ações que celebram os 111 anos da Igreja, fundada em 18 de junho de 1911.
O evento, que estava suspenso há 2 anos, teve início na Escadinha do Porto, por volta das 9h, seguindo em cortejo pela avenida Presidente Vargas, no centro da capital, até a Praça da República. A encenação contou com uma inovação tecnológica: o desembarque dos atores foi de um avião ultraleve na Baía do Guajará, às 9h20.
Neste ano, os pastores do Templo Central Wellington Brito, intérprete de Gunnar Vingren, e Gabriel Souza, intérprete de Daniel Berg, foram os atores que lideraram o elenco. Os espectadores puderam ver os missionários desembarcando, sentando para almoçar, tendo um primeiro contato com a riqueza de frutos que a região oferece e ajudando as pessoas em situação de rua que encontravam no local.
Para ambos, o sentimento de gratificação por poder comemorar a data é o que mais marcou o momento. “Nós estamos felizes. Depois desses anos de limitação, a gente pode ter o povo vindo celebrar esse dia histórico da nossa igreja. Estamos muito honrados”, afirma Wellington.
Gabriel fala que “é muito gratificante poder participar de algo tão memorável e honroso. São 111 anos, existe um peso e um legado de glória e sacrifício de nossos pioneiros que chegaram aqui através de muitas limitações”.
O pastor Samuel Câmara, presidente da Assembleia de Deus, que esteve no local, diz que cada festa é diferente, mas a de 111 anos foi especial por marcar o retorno das atividades após a pandemia. “O povo cresceu, Deus abençoou e nós vivemos um tempo em que a igreja não envelhece, é atual e aponta para o futuro”, celebra o líder.
A família da cantora evangélica Neivane Barata, de 47 anos, marca presença todos os anos no festejo. Ela e o marido, Ronaldo Barata, que é pastor, levam os filhos para participar do encontro e agradecem a oportunidade de ter muitos motivos para celebrar. “Isso nos emociona muito, nos remete a uma passado e nos faz sentir alegria de servir a um Deus que começou tudo lá atrás”, conta Neivane.
História
Os fiéis que acompanharam a reconstituição deste ano se reuniram em caminhada relembrando o trajeto realizado pelos pioneiros no dia 19 de novembro de 1910. Gunnar e Daniel vieram de Nova York no porão de um navio após terem recebido em profecia a ordem para pregar o evangelho no Pará.
As dificuldades encontradas no caminho foram muitas, mas não suficientes para os desanimar. Com isso, a igreja foi fundada em 18 de junho de 1911 e é considerada o berço do Movimento Pentecostal no Brasil.
Celebração
O evento de reconstituição teatral é tradição na cidade, realizado desde 2011, por ocasião das comemorações do centenário da Igreja. Por isso e por atrair mais de 50 mil pessoas de todo o Brasil, a encenação foi decretada em 2018 como Patrimônio Cultural, Histórico e Turístico do Pará e faz parte da programação no calendário oficial de eventos do estado.
Em 2022, a Assembleia de Deus promoveu uma série de eventos desde o início de junho, com casamento coletivo, ação humanitária em Melgaço, cultos e a encenação da chegada dos pioneiros a Belém.
Na noite deste sábado (18), ainda foi realizada a grande celebração dos 111 anos, no Centenário Centro de Convenções. No dia 21 de junho, haverá o encerramento das comemorações, também no Centenário Centro de Convenções, às 19h.
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