Limpeza da Belém: novo sistema funcionará em 90 dias e terá produção de biogás e outros serviços

A assinatura do contrato entre a Prefeitura e a empresa Ciclus Amazônia, vencedora da licitação, ocorrerá nos próximos dias

Eduardo Rocha
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Em cerimônia na tarde desta quinta-feira (18), no Palácio Antônio Lemos, a Prefeitura de Belém fez a apresentação formal do novo sistema de limpeza urbana da capital paraense, ou seja, de coleta e destinação final do lixo da cidade. O sistema abrange a recuperação da área do antigo Lixão do Aurá e a implantação de uma estação de transferência e uma central de resíduos sólidos (aterro sanitário).

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Os serviços incluem a recuperação da área do Aurá, construção de uma estação de transbordo e de uma central de tratamento de resíduos (novo aterro sanitário)

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Contrato com o consórcio vencedor será assinado na próxima semana

Biogás

O funcionamento desse aterro sanitário, em área ainda a ser definida, com a decomposição dos resíduos, possibilitará a captação por drenos de 5 mil m³/hora de biogás, que poderão ser transformados em biometano e em energia elétrica. O biometano poderá ser aproveitado na indústria e como gás veicular, para abastecer cerca de 10 mil carros de forma contínua, com repassou a Ciclus Amazônia, empresa vencedora da licitação pública e que administrará o sistema por 30 anos. 

Outra parte do biogás irá para uma planta de geração de energia limpa, com capacidade de 2,8 megawatts, podendo chegar a 8,4 mw em até cinco anos, gerando a autossuficiência em energia da Ciclus Amazônia, formada a partir do consórcio vencedor da licitação pública. O biogás passará por um processo térmico que abastecerá os motogeradores, fornecendo energia suficiente para abastecer uma cidade de 90 mil habitantes/ano. Assim, será evitado o lançamento de mais de 300 mil toneladas de carbono na atmosfera por ano, revertendo esse mesmo valor em créditos de carbono. 

Recuperação do Lixão do Aurá

Na recuperação do Aurá, será feito tratamento de chorume (líquido proveniente da decomposição de resíduos). A área será transformada em um parque ecológico, havendo ações de emprego e renda para catadores de resíduos da região.

A apresentação do novo sistema de limpeza urbana reuniu o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; a secretária municipal de Saneamento (Sesan), Ivanise Gasparim; o presidente da Ciclus Amazônia, Luiz Gomes, e mais parlamentares, secretários municipais, técnicos e convidados. A Ciclus Amazônia reúne as empresas CS Brasil, Terraplena Ltda e Promulti Engenharia e Infraestrutura e Meio Ambiente Ltda. A assinatura do contrato do novo sistema (após 13 anos sem uma licitação nesse sentido) ocorreria nesta quinta-feira, mas teve de ser adiada porque falta ser concluído o trâmite de formalização da empresa vencedora da licitação pública.

Serviços

A partir da licitação, do tipo PPP (Parceria Público Privada), serão executados serviços de limpeza e varrição, coleta e transporte, tratamento e disposição final de resíduos sólidos. A gestão integrada desse material engloba e demais municípios da Região Metropolitana. Será feita a coleta comum e seletiva em casas, comércios e serviços locais. 

Os itens coletados seguirão para uma Estação de Transferência de Resíduos (ETR), onde os caminhões compactadores descarregarão os resíduos, os quais serão transferidos para carretas que irão ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), em área ampla. No CTR, cerca de 2,5 toneladas de resíduos/dias serão dispostas em um aterro sanitário bioenergético. Módulos de tratamento do chorume serão implantados para 2.400 m³ desse material/dia. A água será utilizada será utilizada no CTR e poderá ser reaproveitada em outras indústrias. 

Ao se pronunciar, o prefeito Edmilson Rodrigues destacou o novo sistema terá centenas de caçambas, 18 ecopontos, 18 grandes containers para receber resíduos inertes para posterior destinação (reciclagem). A previsão é de que a coleta de material reciclável por 12 cooperativas de coletores atuais saia de cerca de 2% para 20% em três anos do novo sistema, valorizando essas associações. Um dos recursos extras que a PMB recebe, na ordem de R$ 20 milhões da Itaipu Binacional, para construção de galpões e compra de máquinas em incentivo às cooperativas em terreno na Bacia do Canal São Joaquim.  

"Assim que os documentos da nova empresa criada, a Ciclus Amazônia, forem liberados (pela Junta Comercial do Pará), eu posso assinar o contrato", destacou o prefeito, destacando que o mutirão de limpeza pela PMB tem continuidade, até o novo sistema passar a funcionar. Em 90 dias, a população já deverá sentir a mudança nos serviços da limpeza urbana, como assinalou a secretária da Sesan, Ivanise Gasparim. Setenta caçambas já foram adquiridas para o novo sistema.  

Luiz Gomes, presidente da Ciclus Amazônia, explicou que o novo sistema deverá ter 200 equipamentos motores, mais de 5 mil equipamentos para coletar o lixo, como containers e acondicionadores e contando com 2.500 a 3 mil funcionários. A empresa atua na revisão de roteiros de coleta e dimensionamento da equipe, visando colocar o sistema em funcionamento nos próximos meses. 

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