Jovem que deu à luz na calçada recebe alta médica
Bebê também recebeu alta, após tratamento de Icterícia

Receberam alta médica, ao meio-dia desta sexta-feira (22), Tainara dos Santos, de 21 anos, e o filho dela, que nasceu na calçada do Hospital da Ordem Terceira, em Belém, no último domingo (17).
A informação foi divulgada pelo Hospital da Ordem Terceira, por meio de nota divulgada por volta das 15h30. Segundo o texto, Tainara pediu para que a imprensa não fosse avisada com antecedência sobre o momento da saída.
O hospital reforçou que a alta demorou porque o bebê estava em tratamento de Icterícia (coloração amarela na pele ou nos olhos causada pelo excesso de bilirrubina, uma substância criada quando os glóbulos vermelhos se rompem).
Confira a nota na íntegra:
"Tainara dos Santos, de 21 anos, e o filho, receberam alta médica do Hospital da Ordem Terceira às 12:00 desta sexta-feira (22). O bebê estava em tratamento de Icterícia, por isso a demora na alta. Tainara solicitou ao hospital que a imprensa não fosse avisada, pois gostaria de sair como qualquer outra mãe".
Repercussão
O caso ganhou grande repercussão quando um vídeo circulou nas redes sociais, ainda no domingo, mostrando Tainara desmaiada na calçada, após dar à luz, com o recém-nascido chorando no chão. Após entrar em trabalho de parto, ela foi levada pela mãe dela até o Hospital Ordem Terceira, onde não conseguiu atendimento.
De acordo com o depoimento que Tainara prestou ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), houve omissão de socorro por parte do hospital, conforme informou, na terça-feira (19), a 3ª promotora de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos Humanos de Belém, Fabia Melo Fournier.
"Ela disse que não conseguiu nem entrar no hospital. Que a porta estava trancada com corrente e cadeado e que ela conseguiu apenas falar com uma pessoa que estava no portão, que ela acredita que seja o porteiro. E que essa pessoa teria dito que não tinha leito nem médico. E que ela deveria procurar outro local para atendimento", informou a promotora.
A possibilidade de negligência é investigada pelo MPPA, que também ouviu o porteiro que estava de plantão no momento do ocorrido, além de responsáveis pelo hospital. O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Pará, a Polícia Civil e a Prefeitura de Belém também apuram o caso.
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