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Jornaleiros recebem homenagem no Grupo Liberal

Aproximadamente 40 jornaleiros participaram de uma manhã com lanche, sorteio de brindes e aplausos nesta sexta-feira (30), no Dia do Jornaleiro

Dilson Pimentel

O Grupo Liberal fez uma homenagem aos jornaleiros, cujo dia foi comemorado nesta sexta-feira (30). Aproximadamente 40 trabalhadores, homens e mulheres, que levam a informação até os eleitores, participaram de um lanche especial na manhã desta sexta-feira. Houve o sorteio de celulares e eles também receberam cestas básicas da empresa. A programação ocorreu na sede do jornal O Liberal.

O presidente executivo do Grupo Liberal, Ronaldo Maiorana, participou do evento e agradeceu o trabalho e a dedicação dos jornaleiros. Eles também receberam palavras de elogio e de incentivo do jornalista Daniel Nardin, diretor de Conteúdo do Grupo Liberal, e do gerente do Mercado Leitor de O Liberal, Sérgio Oliveira.

Ronaldo Maiorana mencionou o time de profissionais que trabalham diariamente para levar uma informação de qualidade e de credibilidade para os leitores. “O jornalista vai até o local, verifica o fato, checa, escreve, a gente roda (o jornal) e vai para o jornaleiro. Eles que levam, na ponta final, a informação até os leitores”, afirmou, para acrescentar: “Todos os que fazem o jornal têm uma importância muito grande, assim como os jornaleiros”, completou.


Daniel Nardin reforçou o respeito e admiração pelo trabalho dos jornaleiros, que são fundamentais para a força que o jornal impresso mantém. "Todo nosso trabalho é pensando no leitor, nosso principal foco, mas também no jornaleiro, que vende o nosso impresso e dali sustenta sua família. Logo, nos esforçamos muito em fazer um bom jornal que mantenha e aumente nossos elitores, como felzimente estamos conseguindo", disse.

Sérgio Oliveira disse que essa é uma homenagem mais do que merecida. “O jornaleiro é uma das razões ainda do nosso jornal existir. Eles são uma das primeiras pessoas que fazem com que as notícias que saem no jornal sejam lidas pelos leitores”, contou. “Eles fazem esse corpo a corpo com os leitores, além de também receber muitos feedbacks dos eleitores em relação a críticas, elogios e trazem isso pra gente. Eles têm uma participação grandiosa nessa contribuição para o crescimento da nossa empresa”, afirmou.

Os baderneiros também foram homenageados com uma cesta de café da manhã, além de um quadro com a foto deles na capa de O Liberal, na qual estava escrita a seguinte frase: “Hoje a notícia é você”. Baderneiro é nome dado, como um apelido carinhoso, ao responsável pela distribuição dos jornais em vários pontos de Belém.

Com 72 anos, jornaleiro emociona com história ligada à venda de jornais

Um dos homenageados foi o baderneiro Francisco do Carmo Favacho, 72 anos de idade e 63 de profissão. Começou aos 11 de idade, inicialmente como jornaleiro. “Foi o meu primeiro trabalho. E permitiu criar a minha família”, contou. “Aí, surgiu uma oportunidade para ser baderneiro, para despachar o jornal para o pessoal.  Aí, não saí mais da baderna”, contou.

Favacho lembrou que o pai dele morreu novo, aos 33 anos. A mãe, lavadeira, era analfabeta. “A gente não tinha nem casa. Morava no compartimento de uma casa do vizinho. Para mim, com 11 anos, era muito sofrido”, contou. São sete irmãos, todos homens. “O mais velho tinha 12 anos, mas não pensava como eu. Com 11 anos, eu pensava como um pai de família”, afirmou. “Eu já pensava nos menores, nem tanto em mim. Era uma vida sacrificante. Naquele tempo a gente não almoçava e nem jantava. Era uma coisa de cortar o coração”, lembrou.

Para ajudar a família, vendeu tapioca e picolé em campo de futebol. “Mas sempre no jornal. Eu mudei totalmente de vida, passei a trabalhar com mais jornaleiros. Até hoje crio a minha família com o jornal, formei um filho, que é advogado. Uma mudança muito grande”, disse.

Favacho agradeceu a homenagem recebida. “É o reconhecimento pela nossa dedicação e trajetória”, afirmou. Ele disse que esse trabalho permitiu que ela seja uma pessoa mais humana, mais solidária e mais compreensiva com seu semelhante.


Maria Araújo, tem 63 anos e, agora em outubro, completará 26 anos como jornaleira. Ela disse que, com o fruto do seu trabalho, criou cinco filhos. “Todos trabalharam comigo e, agora, todos estão empregados”, afirmou. “Meu emprego é vender jornal. É a minha vida”, disse, acrescentando que ficou feliz com a homenagem recebida.

Elielson Damião Alves Teixeira, 40 anos, começou vender jornais aos 7 anos de idade. “Sempre trabalhei com jornal. Tenho muito orgulho de ser jornaleiro”, afirmou. Vanilza Amorim da Silva, a Val, 42 anos, é baderneira e tem um ponto fixo no Mercado da Bandeira Branca. De moto, Val sai de sua casa, na Terra Firme, e chega por volta das 4h15. Ela também tem orgulho de sua profissão e ficou feliz com a homenagem que recebeu do Grupo Liberal. Após o lanche, jornaleiros e baderneiros visitaram a redação do jornal O Liberal, onde foram recebidos com uma salva de palmas.

Belém