Integrantes do Casa Dia, da Prefeitura de Belém, fazem protesto cobrando equipamentos e segurança
O local foi alvo de um terceiro furto, que obrigou os profissionais a reduzirem as atividades para 30%
Profissionais e integrantes do Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (Casa Dia), em Belém, realizaram um ato de protesto na manhã desta terça-feira (26), em frente ao Gabinete do prefeito. Os participantes cobram mais segurança no Casa Dia, que foi alvo do terceiro furto, além de reposição dos maquinários levados no crime. O grupo já havia se reunido com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), que teria dito não poder repor os equipamentos.
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Segundo Naldo Silva, que faz parte da Casa de Missão da Pastoral da Aids e é integrante da Casa Dia, as principais reivindicações são com relação aos diversos furtos que a instituição sofreu. Ele relata que na situação, que já foi divulgada pelo Grupo Liberal recentemente, foram levados diversos equipamentos, obrigando o local a atuar somente com 30% da capacidade.
“Nós denunciamos que esses furtos e roubos estariam ocorrendo devido a falta de segurança, pois estamos sem segurança patrimonial há mais de quatro meses. Os usuários e pacientes de Aids que chegarem lá não vão mais poder ser atendidos na integralidade por conta de todo esse problema”, conta.
Segundo ele, em reunião com a Sesma, que ocorreu ainda durante a manhã desta terça-feira, a secretaria declarou não ter como repor os equipamentos levados. “Eles disseram não ter uma solução prática. Apenas um segurança armado a noite. A gente se sente inseguro. Se o prefeito e o secretário não ajudam, futuramente não teremos mais equipamentos para funcionar”, diz Naldo.
Atendimento
O Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (Casa Dia), localizado na Avenida Pedro Álvares Cabral, 3371, bairro da Sacramenta, atende pacientes do vírus HIV/Aids que são diagnosticados na rede municipal de saúde (Atenção Básica) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), em Belém. Se o resultado é positivo, o usuário é encaminhado e matriculado automaticamente na instituição. Em média são atendidas 16 mil pessoas, 12 mil ativamente em consultas e exames regulares. “Agora estamos em uma situação precária pois estamos com menos de 10 médicos. Tem pacientes que estão há mais de seis meses sem realizar exames para acompanhar o quadro da doença e temos que fazer semestral ou anualmente”, conta Naldo Silva.
Sesma
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou que “criou uma comissão entre gestores e sociedade civil organizada, para discutir e encaminhar propostas para reforçar a segurança no Centro em Atenção em Doenças Infecciosas Adquiridas (Casa Dia). Desde o início deste mês, foi contratada uma empresa para reforçar a segurança no espaço, inclusive nos feriados.
Sobre o novo furto, uma equipe da Sesma esteve ainda nesta segunda-feira, 25, no espaço para fazer o levantamento do que foi levado e posterior reposição de equipamentos. O espaço segue em funcionamento, mas com serviços restritos. Está funcionando os setores de atendimento, fornecimento de medicamentos na farmácia, o setor de nutrição para o fornecimento do leite e um médico de ficará de plantão no espaço. As consultas médicas estão, temporariamente, suspensas”, finaliza o comunicado.
Já a Guarda Municipal de Belém informou, em nota, que "realiza rondas na área de localização da Casa Dia por meio de motos e viaturas da inspetoria da área. A GMB informa, ainda, que vai intensificar as rondas no local."
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