Infectologista destaca importância de medidas de prevenção contra nova variante Beta

Índice de transmissão é maior, assim como a taxa de hospitalização e de mortalidade. Quatro casos são monitorados no Pará.

Dilson Pimentel / O Liberal

É preciso adotar todas as medidas de prevenção até que a porcentagem de vacinados atinja 70%. É o que afirmou, nesta segunda-feira (2), a médica infectologista Andrea Beltrão ao se referir à nova variante Beta. Na sexta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que está atuando no bloqueio de quatro casos confirmados de covid-19 da nova variante Beta, que foi identificada pela primeira vez na África do Sul, em dezembro de 2020. Os casos foram registrados em tripulantes de um navio de bandeira internacional que veio do Maranhão e iria atracar no porto do distrito de Icoaraci. A Secretaria afirmou que os pacientes estão isolados dentro da embarcação e que nenhum caso dessa variante ocorreu dentro da cidade.

A médica infectologista Andrea Beltrão explicou que a variante Beta do novo coronavírus foi isolada pela primeira vez na África do Sul durante uma segunda onda da pandemia, quando foi observado um aumento do número de casos da doença. Na ocasião, a vacinação contra a covid-19 estava iniciando em alguns países. Portanto, não havia nenhuma imunidade vacinal, afirmou.

Como era uma nova variante, mesmo as pessoas que já haviam contraído a doença podiam adquirir novamente de forma leve. E poderiam ser veículo de transmissão para outras pessoas ainda não imunizadas pela doença. “Estudos mostram que a variante Beta é de alto risco. Possivelmente o índice de transmissão é maior, bem como a taxa de hospitalização e de mortalidade. É preciso adotar todas as medidas de prevenção (usar máscara, manter o distanciamento e evitar aglomerações), até que a porcentagem de vacinados atinja 70%”, explicou.

É preciso se vacinar para evitar novas variantes, diz infectologista

“Felizmente nós estamos em uma situação mais favorável que os africanos, que não contavam com nenhuma proteção vacinal”, acrescentou. Para a médica infectologista, as medidas adotadas até agora pelas autoridades, no enfrentamento à pandemia, no Pará, têm sido suficientes. “Na minha opinião sim. A prova disso foi  que a segunda onda da covid no Estado foi bem mais tranquila quando comparada à primeira onda, mesmo sendo causada possivelmente por uma nova variante. Uma nova variante mais agressiva e com um poder de transmissão maior”, afirmou.

Ainda segundo ela, os vírus vão se tornando mais resistentes para sobreviver. “Então, enquanto não houver uma imunização coletiva, vão ocorrer várias mutações do vírus, cada vez mais agressiva. Mesmo você estando vacinado, mesmo que você já tenha tido a primeira variante do coronavírus, pode transmitir para alguém que não tenha tido nenhum contato e aí ele vai ter uma forma grave da doença. Precisa manter todas as medidas preventivas, mesmo que você já tenha tido a doença”, alertou. A médica infectologista destacou a importância da imunização. “É preciso se vacinar para evitar o surgimento de novas variantes. É importante fazer todas as doses que são solicitadas”, completou.

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