Incêndio no Comércio: trabalhadores relatam quedas nas vendas quase uma semana antes do Dia das Mães

Segundo peritos criminais, que estiveram no local nesta terça-feira (2), há o risco das duas lojas destruídas totalmente no acidente desabarem

O Liberal
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Com a data comemorativa do Dia das Mães, celebrada no próximo domingo (14), comerciantes do Comércio reclamam que, após 19 dias do incêndio que destruiu duas lojas de variedades, ainda sentem transtorno do acidente e dificuldades nas vendas. O caso foi registrado no dia 13 de abril deste ano, na rua 15 de Novembro, bairro da Campina, próximo ao Complexo do Ver-o-Peso, em Belém. 

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Nesta terça-feira (2), a Polícia Científica do Pará (PCEPA), esteve no local realizando levantamentos sobre as condições dos imóveis que tiveram perda total no acidente. Segundo peritos, as duas lojas correm risco de desabamento.

image A atendente Gabriela Amaral avalia que as vendas diminuíram bastante em comparação com o ano passado durante o mesmo período. (Carmem Helena / O Liberal)

Além do medo de desmoronamento, Gabriele Amaral relata que desde o dia do incêndio as lojas do entorno registraram quedas nas vendas. Desde que o caso ocorreu, a fachada dos dois estabelecimentos e parte da rua 15 de Novembro até a esquina da travessa Padre Eutíquio ficou bloqueada para o fluxo de carros particulares e motociclistas, para não trazer perigo aos que passam perto de lá. Essa medida de segurança estaria afetando os trabalhadores. 

“Fecharam a via na frente das duas lojas e isso está prejudicando as nossas vendas. Fecharam a via e não deram nenhuma satisfação. Depois que aconteceu o incêndio, é muito raro as pessoas entrarem para comprar.

No ano passado, neste mesmo período, a movimentação estava melhor comparada com a que está nos últimos dias”, disse a atendente de uma loja que vende itens decorativos de festa.

Fumaça afasta clientela, diz vendedora

image Manuela Lobo reclama do odor forte de fumaça que afasta a clientela. (Carmem Helena / O Liberal)

A vendedora ambulante Manuela de Souza Lobo, 38 anos, alega também a diminuição nas vendas e, também, há também as fumaças que ainda saem do local e afastam a clientela. “Limitaram as passagens e cheiro de fumaça, que está forte, fica o dia todo. Ficam tirando o entulho e acaba exalando muito o odor. Está muito complicado para todo mundo. Infelizmente, caiu muito as vendas por conta desses problemas”, contou.

Em nota a Fundação Cultural de Belém informou que a Prefeitura de Belém, por meio da Defesa Civil, Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Fundação Papa João XXIII (Funpapa), Secretaria Municipal de Economia (Secon) e a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), fará todo o possível para salvaguardar a fachada do prédio, datado de 1909, que faz parte do patrimônio histórico, no Centro Comercial de Belém.

“O engenheiro especialista em estrutura, Paulo Brígido, esteve na manhã desta segunda-feira, 24, juntamente com equipes da Seurb e Defesa Civil, onde verificou que a situação do imóvel é bastante crítica, porém irá apresentar um relatório, prevendo a possibilidade de escoramento ainda esta semana. A partir daí, a Prefeitura tomará a providência no sentido de saber qual solução dará para preservação da fachada do imóvel”, detalha a nota.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) comunicou que, no início desta semana, recebeu os laudos técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros e se reuniu com o proprietário dos imóveis para esclarecimento de dúvidas.

De acordo com o Iphan, no momento, corpo técnico do Instituto analisa os laudos apresentados e os relatórios das vistorias realizadas no local para que a situação seja solucionada com segurança e igualmente resguardar a proteção do patrimônio histórico tombado.

O Instituto ressaltou que “a responsabilidade de executar a demolição é do requerente, no caso o proprietário do imóvel”.

O caso

Trabalhadores do local onde o incêndio iniciou alegaram que o fogo começou após um curto-circuito no andar de cima. O caso ocorreu no dia 13 deste mês. Ninguém se feriu. Moradores e comerciantes estiveram apavorados para que a situação não fosse pior. O fogo, que iniciou pela tarde, se aproximava de outras lojas e prédios comerciais. Os bombeiros utilizaram 500 mil litros até que as chamas fossem totalmente controladas. Ao todo, 12 viaturas foram utilizadas e mais de 40 militares da corporação empregados.

Segundo a Fumbel, foram atingidos cinco imóveis. Os outros três locais ficam na rua João Alfredo e são de interesse à preservação. Entretanto, só tiveram danos na parede dos fundos e estas deverão ser derrubadas para construção de novas. E não há nada que comprometa os imóveis ou sua estrutura.

Com relação às duas lojas destruídas, que restaram apenas as paredes, como a fachada, apenas uma delas está classificada como de interesse à preservação. A Fundação vai notificar os proprietários para providências e orientar como proceder para salvaguardar a fachada de interesse à preservação. 

está classificada como de interesse à preservação. A Fumbel vai notificar os proprietários para providências e orientar como proceder para salvaguardar a fachada de interesse à preservação. 

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