Ilha do Combu: como funciona a travessia, horários de saída e duração do trajeto

O contato direto com a natureza é um dos muitos atrativos que tornam os passeios cada vez mais frequentes

Talita Azevedp | Especial para O Liberal

A travessia para a Ilha do Combu tem a Praça Princesa Isabel, no bairro da Condor, como ponto de saída de Belém até a ilha. Todos os dias, diversos turistas e moradores utilizam as embarcações e são orientados a como se comportar para evitar acidentes durante o trajeto, que é feito com colete salva-vidas e dura em média cerca de vinte minutos. O contato direto com a natureza é um dos muitos atrativos que tornam os passeios cada vez mais frequentes. Famílias, grupos de amigos e casais, puderam aproveitar a travessia de maneira única, nesta sexta-feira (12), em que a movimentação de passageiros foi mais controlada.

image Turistas embarcando para a Ilha do Combu (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

Para a paulista Catherine Foratori, que mora há 3 meses na capital paraense, o passeio é acessível para todos os públicos. “É a segunda vez que eu venho, acho um preço super ok. É uma travessia bem bacana, você passa por vários restaurantes e barzinhos, só de olhar você pode escolher em qual você vai naquele dia. O pessoal que veio, falou que era muito legal, então a gente veio conhecer também, e aproveitar o rio. O prazer é estar em um ambiente junto à natureza, vale a pena. Todo mundo tem que vir conhecer porque tem várias opções. São só alguns minutinhos de travessia e o caminho até lá é bem gostoso, dá para aproveitar”, comentou. 

image Turista de São Paulo, Catherine Foratori, minutos antes de embarcar (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

O terminal hidroviário funciona todos os dias de 9h até às 19h. Para quem deseja passar a noite em chalés das ilhas, os funcionários do terminal indicam que o embarque seja realizado até às 16h ou 17h.

Travessia para a Ilha do Combu

A empresária Ellyamara Ribeiro contou que veio da Bahia com o esposo só para conhecer a Ilha do Combu. “É a minha primeira vez no Pará e estou com muita expectativa depois de me falarem que o lugar é maravilhoso, vou ter uma experiência incrível”, além disso, ela também explicou como soube da travessia. “Nós encontramos um pessoal aqui em Belém que falou dessa ilha, até então, nós não conhecíamos, nunca tínhamos escutado falar e aí decidimos vir hoje para poder conhecer. Estamos indo lá para conhecer um pouco da floresta, eu espero encontrar bastante natureza”, disse.

image Cariocas que vieram para a travessia pela primeira vez (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

Outra visitante, que viajou do Rio de Janeiro para Belém, detalhou quais motivos incentivaram o passeio. “É minha primeira vez em Belém também, eu vim do Rio de Janeiro. Eu conheci um comissário de bordo em um voo, que me informou da Ilha do Combu. Eu falei que queria tomar banho de rio ou ir para a praia e tal, porque a minha ideia inicial era ir para Mosqueiro. E aí ele sugeriu o combo e eu tenho uma amiga aqui que me hospedou e ela falou que a gente poderia fazer a travessia. O ideal para mim é ficar sentada no rio e comer peixe, açaí, as coisas que são típicas daqui”, explicou a professora, Júlia Pedra, de 35 anos.

image O terminal hidroviário fica na Praça Princesa Isabel (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

Do grupo de amigos viajantes, Leonardo Oliveira contou que não pretende sair da ilha sem antes experimentar a culinária local. “Eu não ia sair sem comer um bom peixe, eu vim mais focado nisso. Vai ser maravilhoso, eu gosto dessa expectativa bem alta, de andar em barcos, a floresta amazônica ali atrás, estou bem animado”, garantiu.

Os preços para a travessia são considerados mais acessíveis em comparação com outros locais, de acordo com os turistas. “Eu já fiz outros passeios de rio ou de mar, assim, aqui é mais barato que os outros lugares, porque aqui também tem turista e os lugares que eu fui também eram locais turísticos, mas eram mais caros”, pontuou.

image O barqueiro André Soares contou que trabalha no local há quatro anos (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

O barqueiro André Soares, que trabalha no terminal hidroviário há quatro anos, esclareceu como funciona o embarque “A partir de quando chegam cinco pessoas aqui para embarcar, contamos 15 minutos para sair, chegando mais ou não. Os dias mais movimentados já são na segunda e sexta-feira. Depois, os dia da semana, também feriado e final de semana. Todos vão de colete. Os turistas seguem as instruções sempre e os que mais são um pouco descuidados, são os próprios moradores daqui. Os pilotos são todos habilitados, geralmente a Marinha do Brasil está sempre aqui fazendo fiscalização e tem o bombeiro para dar aquela instrução básica, tudo muito seguro”, pontuou.

image O morador de Belém já fez a travessia mais de cinco vezes (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

“Já atravessei umas quatro ou cinco vezes, é uma delícia ficar por lá, eu acho os restaurantes bem acessíveis também, cabe no orçamento da maioria das pessoas. É muito bom ver esse clima amazônico, sentir essa coisa dentro da ilha. Dura em torno de 15 a 20 minutos (a travessia), bem rapidinho. Você sente aquele vento, aquela imensidão de água, é muito diferente dos outros estados, isso é ótimo. Você pode aproveitar um banho no rio lá, ficar um pouco no bar, nas piscinas naturais, geralmente eu fico por ali”, relatou o psicólogo Paulo Roberto, que é morador do bairro de Fátima.

image Passageiros caminhando para as embarcações (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

No local de embarque, uma equipe do Grupamento Marítimo e Fluvial (GMAF) forneceu orientações de prevenção e segurança para os passageiros, com demonstração de como utilizar o colete salva-vidas da forma correta, além de outras instruções. “Nós viemos aqui para fortalecer ainda mais a prevenção e a segurança dos nossos rios. Todos ali estão tendo a responsabilidade de segurança com os outros, porque quando se trata de embarcações pequenas, quando uma, duas pessoas que movimentam, a embarcação tende a se mover, a ficar instável. Quando algo acontece, o ser humano tem a tendência de ir lá para olhar, na curiosidade. Só que dentro de uma embarcação, se todo mundo for ao mesmo tempo fazer isso, a embarcação tende a virar, mesmo que ela não vire, alguém pode cair na água”, alertou o sargento Barbosa.

image Equipe do GMAF orientando os passageiros (Foto: Ivan Duarte | O Liberal)

O GMAF realiza salvamentos e resgastes sempre que ocorrem acidentes. “Você pode entrar em contato com 190 ou 193, que é um dos dois que vai chegar para a gente. Nós, a pronto emprego, vamos chegar, vamos fazer o resgate”, garantiu.

Local do Terminal Hidroviário Ruy Barata: Praça Princesa Isabel, na avenida Bernardo Sayão, no bairro da Condor.

Horário de funcionamento: 9h às 19h, todos os dias da semana.

Duração da travessia: 15 a 20 minutos.

Valor da passagem: R$ 12 para ir e R$ 12 para voltar, totalizando R$ 24 ida e volta.

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