Hospital Galileu alerta sobre o diagnóstico tardio do câncer de próstata
Segundo especialistas, se diagnosticado e tratado ainda na fase inicial, as chances de cura do tumor chegam a 90%
Falta de informações e tabus, são algumas das causas que levam os homens a ter medo de procurar especialista para ter um diagnóstico precoce do câncer de próstata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), dados apontam o surgimento de 65.840 novos casos de câncer de próstata no País para os anos de 2020 a 2022. Como forma de alertar e conscientizar sobre a doença, o Hospital Estadual Galileu (HPEG) realiza diversas ações sobre o tema durante o mês dedicado à campanha de prevenção do câncer de próstata.
No próximo dia 16, o hospital realiza um evento com roda de conversas, apresentação de especialistas e, ainda, e o depoimento de pacientes que fazem o tratamento da doença. Além disso, a unidade fará uma programação para policiais militares.
“Nosso objetivo quanto profissionais de saúde é elucidar dúvidas, quebrar rótulos e tabus a respeito das doenças. Por medo e vergonha, homens ainda estão na inércia nos cuidados de si próprio. Estas Campanhas do Ministério de Saúde são imprescindíveis para salvar muitas vidas, pois as informações que são passadas levam ao encorajamento das pessoas”, destacou a enfermeira Anny Segóvia, supervisora de Humanização do Galileu.
O câncer de próstata é uma doença com evolução silenciosa, com sintomas que, aparentemente, remetem à uma condição comum. Ele é a segunda causa de morte no sexo masculino no Brasil.
“O câncer de próstata é a segunda causa de morte no sexo masculino no Brasil, portanto a única forma de prevenção é a rotina que todo homem deve realizar anualmente para detecção precocemente e assim ter chances de cura”, alertou Gilflávio Normandes, urologista e cirurgião do Galileu.
Segundo especialistas, se diagnosticado e tratado ainda na fase inicial, as chances de cura do tumor chegam a 90% . Com o avanço da medicina, o método mais usado para o tratamento é a separação entre identificação do tumor e a necessidade de tratá-lo, evitando terapias agressivas e desnecessárias.
“Atualmente, existem diversas formas para se tratar o câncer de próstata, que vão desde de cirurgias radicais com a remoção da glândula completa com as vesículas seminais até métodos, minimamente, invasivos com preservação do órgão, retirando somente parte da glândula onde existe o tumor. Há outros como a radioterapia, braquiterapia e hormonioterapia são também realizados no controle da doença”, explica o Gilflávio Normandes.
Segundo Gilflávio Normandes, assim que suspeitar da doença, o homem deve realizar o toque retal e de sangue, que irá checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) e são essenciais para detectar precocemente o câncer de próstata. “Exames de imagens como ultrassonografia, tomografia e agora a ressonância magnética, são exames realizados para auxiliar na biópsia que é como se fecha o diagnóstico da doença, ou seja, qual o grau de envolvimento da doença no organismo”, conclui Gilflávio Normandes, urologista e cirurgião do Galileu.
(Bruna Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Jorge Ferreira, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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