Hospitais universitários realizam mutirão com mais de mil atendimentos neste sábado (13) em Belém

Ação nacional da Ebserh mobiliza 45 hospitais e inclui cirurgias, exames e consultas agendadas para reduzir filas do SUS.

Gabriel da Mota e Jéssica Nascimento

Os hospitais universitários federais de Belém realizam neste sábado (13/09) um mutirão concentrado com cerca de 1.100 atendimentos médicos, entre consultas, exames e cirurgias, como parte da mobilização nacional “Ebserh em Ação – Agora Tem Especialistas”, promovida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em parceria com os ministérios da Educação e da Saúde. A iniciativa tem como objetivo principal reduzir o tempo de espera na fila do Sistema Único de Saúde (SUS)

Na capital paraense, o mutirão contou com a presença de Jader Filho, ministro das Cidades, Lena Peres - assessora de gabinete da Secretaria de Atenção Especializada (Saes) do Ministério da Saúde -, Gilmar Pereira da Silva, reitor da UFPA e Regina Feio Barroso, superintendente do Complexo Hospitalar da universidade.

A iniciativa ocorre de forma simultânea em 45 hospitais universitários federais, localizados nas cinco regiões do país. Em Belém, os locais contemplados são o Hospital Bettina Ferro de Sousa e o Hospital João de Barros Barreto, ambos da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

image (Foto: Cláudio Pinheiro)

1.300 atendimentos previstos: ministério das Cidades destaca importância do esforço coletivo

Durante visita ao Hospital Barros Barreto, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou a importância da união entre os diferentes níveis de governo e instituições para a execução dessa ação

image Ministro das Cidades, Jader Filho, ao lado de Gilmar Pereira da Silva, reitor da UFPA. (Foto: Cláudio Pinheiro)

“Diversos hospitais pelo Brasil, hospitais universitários, hospitais do governo federal, se unem para que a gente possa reduzir as filas dos exames, as filas das cirurgias eletivas. Com isso, a gente está fazendo um atendimento das famílias, das pessoas que tanto precisam dessa atenção”, afirmou.

Para o ministro, o mutirão é apenas um passo dentro de uma série de ações planejadas pelo Governo Federal para garantir o atendimento adequado à população

"Aqui no Pará, são mais de 1.300 atendimentos previstos, e queremos ultrapassar 100 mil cirurgias e exames em todo o Brasil, com mais ações ao longo do ano”, revelou.

image (Foto: Cláudio Pinheiro)

Redução de filas e compromisso com a saúde pública

A assessora de gabinete da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (Saes), Lena Peres, ressaltou o papel da ação na redução das filas, especialmente em relação a procedimentos especializados e cirurgias complexas. 

"Esse é o nosso segundo mutirão, e com ele vamos realizar cerca de 29.180 procedimentos, incluindo consultas, exames e cirurgias, todos de alta complexidade. A nossa intenção é fazer com que as pessoas recebam os atendimentos que estavam represados desde a pandemia", explicou.

Peres também destacou a importância de realizar os mutirões dentro da regulação do sistema de saúde

"As pessoas que estão sendo atendidas já estavam na fila, com agendamentos realizados previamente. O objetivo é reduzir a fila de espera, não abrir mutirões para qualquer pessoa, mas garantir que quem já está na lista de espera seja atendido no tempo adequado”, afirmou.

image Lena Peres, assessora de gabinete da Secretaria de Atenção Especializada (Saes) do Ministério da Saúde. (Foto: Cláudio Pinheiro)

A importância da universidade na assistência à saúde

Gilmar Pereira da Silva, reitor da UFPA, destacou o papel essencial da universidade e seus hospitais no enfrentamento da demanda por atendimentos médicos na região. 

"Nosso hospital-escola tem um diferencial, pois além de oferecer atendimento, também realiza pesquisas e formação de novos profissionais da saúde. Estamos ampliando nossa infraestrutura e garantindo um atendimento cada vez mais qualificado à população", disse.

O reitor reforçou que a construção de uma área nos hospitais universitários deve aumentar a capacidade de atendimento do local. As obras no Complexo Hospitalar da universidade são orçadas em R$ 60 milhões, obtidos por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Desse total, R$ 30 milhões estão sendo utilizados na construção de um prédio assistencial anexo ao Hospital João de Barros Barreto, com: cinco pavimentos, sete salas cirúrgicas, duas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adultas e uma pediátrica, além de uma Central de Material e Esterilização (CME). Os outros R$ 30 milhões custeiam reformas estruturais, como a modernização das instalações elétricas e a prevenção de incêndios.

Regina Feio Barroso, superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA, destacou que os mutirões realizados têm sido um compromisso importante na redução das filas e na assistência a pacientes que aguardam há muito tempo por procedimentos essenciais. 

"Temos pacientes aguardando até dois anos para realizar cirurgias, e estamos fazendo um esforço para atender a todos que estão na fila", afirmou.

Ela também ressaltou a importância dos hospitais universitários na formação de novos profissionais. 

image Regina Feio Barroso, superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA. (Foto: Cláudio Pinheiro)

"Além da assistência, temos o compromisso com a formação. Nossos residentes participam ativamente do mutirão, contribuindo para a aprendizagem e a melhoria do atendimento”, ressaltou.

Pacientes celebram atendimento mais rápido e eficaz

A ação não só aliviou a sobrecarga dos hospitais, mas também trouxe alívio para muitos pacientes que aguardavam ansiosos por tratamentos e exames. Benedito Ferreira Lima, aposentado de 62 anos, comemorou o avanço no atendimento. 

image Benedito Ferreira Lima, 62 anos, aposentado. (Foto: Cláudio Pinheiro)

"Eu estava esperando há uns seis meses para fazer esses exames pré-cirúrgicos. Agora, tudo está acontecendo rapidamente, e o atendimento tem sido excelente", disse, após passar por um eletrocardiograma e um raio-X.

Outro paciente, Tayana Paixão, técnica em radiologia de 32 anos, relatou sua experiência positiva após uma cirurgia de urgência no pâncreas

image Tayana Paixão, 32 anos, técnica em radiologia. (Foto: Cláudio Pinheiro)

"Comecei o acompanhamento após minha cirurgia, e desde o primeiro momento fui muito bem atendida. Todos os profissionais são altamente qualificados e estão me dando todo o suporte necessário", contou.

Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞
Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Belém
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM BELÉM

MAIS LIDAS EM BELÉM