Homem encontrado desacordado próximo a shopping está há dias em situação de rua, em Belém
Andarilho já foi visto no Aeroporto Internacional de Belém, na Praça do Marex e no Conjunto Bela Vista, em Val-de-Cans
Um homem que foi encontrado desacordado na manhã desta segunda-feira (13), próximo de um shopping localizado na avenida Centenário, bairro do Mangueirão, está há dias sendo visto em vários pontos desse entorno e tem despertado tanto a curiosidade como a preocupação de pessoas que se indagam sobre quem ele é e de onde veio.
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Por volta das 9h30 desta segunda-feira, rumores de que ele estaria morto chegaram a ser levantados, mas, logo foi constatado que ele estava vivo e uma equipe do Serviço Móvel de Urgência (Samu) o transferiu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta. Já acordado, ele informou à equipe médica que é um andarilho e natural de São Paulo.
Testemunhas relatam já tê-lo visto dentro do Aeroporto Internacional de Belém, na Praça do Marex, e no Conjunto Bela Vista, no bairro de Val-de-Cans. A fotógrafa Giselle Paula é uma das pessoas que, no último sábado (11), tentou ajudá-lo. Ela conta que a dificuldade, porém, é que ele só faz sinais de “sim” ou “não” com a cabeça.
“Eu cheguei de manhã para atender a minha cliente, ele estava dormindo na entrada do meu estúdio (fotográfico), na avenida Júlio César. Meu marido viu e achou estranho, porque ele não tinha aspecto de morador de rua. A roupa estava um pouco suja, mas nem tanto. Então, na hora, a gente pensou que podia ser alguém que tinha bebido um pouquinho. Mas deu quatro da tarde e ele continuava lá”, relatou a fotógrafa.
Foi nesse momento em que Giselle se aproximou do homem e ofereceu ajuda. Ela conta que ele não soube informar o nome, a idade e nem a cidade natal dele. A situação atraiu a curiosidade de outras pessoas que passavam pelo local, o que deixou o rapaz assustado.
“Ele levantou para ir embora quando viu muita gente. Então, eu sentei do lado dele, falei que eu só queria ajudar. Só que ele desviava o olhar para baixo. Perguntei se ele queria ajuda, e ele balançou a cabeça que sim”, relembra.
“O único momento em que ele falou comigo foi quando eu perguntei como eu poderia ajudar. E ele só falou uma palavra, que foi ‘hospital’. Eu liguei para a Guarda Municipal, me responderam de lá que não seria possível porque não tinha viatura, que era para eu postar nas redes sociais”, conta Giselle.
A publicação, feita no Facebook, já tem mais de 3.200 compartilhamentos, mas, até o momento nenhum conhecido ou familiar do andarilho se apresentou, o que leva a fotógrafa a acreditar que ele veio de outro estado.
“Eu acredito que talvez ele nem seja daqui. Mas, pelo contato que eu tive com ele, ele não quer voltar para o lugar de onde veio. Minha preocupação é a família, que deve estar em uma situação de desespero”, lamenta.
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