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Guaraná da Praça Brasil: conheça a origem calórica do ‘milkshake amazônico’ mais famoso de Belém

A bebida energética, que hoje em dia é mais consumida por pessoas que estão em busca de lazer, surgiu na capital paraense nos anos 90 "atrelada" à atividade física ao ar livre

Amanda Martins

As barracas de “guaraná da Amazônia", como é conhecido o xarope da fruta batido com açaí, leite em pó e amendoim, são marca registrada por quem passa pela Praça Brasil, no bairro do Umarizal, em Belém. O delicioso “milkshake” paraense conquistou o paladar dos populares e tornou-se um dos alimentos mais consumidos por quem visita o espaço de lazer, seja para praticar atividade física ao ar livre ou para aliviar o calor do final da tarde. 

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Mas, você já parou para pensar qual é a origem do guaraná vendido nas barraquinhas, localizadas no centro da cidade, e se essa mistura com diversos ingredientes é, de fato, saudável ou beira mais à uma receita calórica? Pensando nisso, o Grupo Liberal conversou com a  nutricionista mestre pelo Programa de Ensino em Saúde na Amazônia e pós-graduada em Comportamento Alimentar, Lorena Falcão. 

A nutricionista explicou que  o consumo de “guaraná da Amazônia” nasceu nos anos 90 atrelada à prática de atividades físicas, como correr ou pedalar nas praças. De acordo com Lorena, é nessa época também que começa a formar uma construção social sobre “o que beber para ter um bom desempenho físico?”, tornando o líquido um energético para ajudar a "potencializar" os esportes.  

image Nutricionista Lorena Falcão (Amanda Gaspar / Especial O Liberal)

O que contribuiu para que a bebida fosse um sucesso nesse quesito foi a “mistura” de alimentos para dar mais energia. Com o passar do tempo, a receita passou a ser considerada calórica e dividir opiniões.    Isso porque, além do próprio xarope de guaraná e a versão em pó da fruta, também são adicionadas frutas, amendoim, caldas industrializadas e flocos adocicados. 

Para Lorena, isso ocorreu porque, diferente do açaí, que tem um sabor mais terroso, o guaraná é considerado amargo, e a junção dos ingredientes açucarados em excesso "ajudaria" a tornar o sabor mais desgustivado.

“As receitas feitas pelos barraqueiros e com os vendedores foram criadas a partir da percepção dos clientes, que às vezes, perguntam: “Já testou colocar tal coisa?”. E aquela informação passa de boca a boca, de geração em geração”,  disse a nutricionista sobre não existir somente uma receita de guaraná, e sim, várias.

E é essa grande variedade de misturas de ingredientes e caldas doces, que podem ser de chocolate, morango e caramelo, que contribuíram para que o guaraná vendido na Praça Brasil se tornasse tão popular, na visão da nutricionista Lorena.  Mas, assim como no consumo de qualquer alimento, é necessário também ter moderação ao ingerir a bebida.

“A gente não pode esquecer que existe um fator, que ele [o guaraná] é muito estimulante. Inclusive, tem potencial importante de cafeína. Então, alguns perfis de pessoas não é interessante consumir, podendo existir efeitos colaterais como tremores, dores de cabeça e mal estar”, alertou a profissional, principalmente as futuras mamães e pessoas com pressão alta. 

A nutricionista recomenda que sejam ingeridos somente 2 g de pó de guaraná por dia, ou seja, uma quantidade semelhante a uma colher de café. “Isso é suficiente para a gente começar um consumo diário sem riscos”, ponderou Lorena.

‘Fuja da preocupação e permita  agradar seu corpo’, diz nutricionista

Unir a moderação com o bom senso é a equação perfeita para conseguir aproveitar um “guaraná da Amazônia” geladinho e sem preocupações. Para a nutricionista, mais do que se preocupar com possíveis ganhos de calorias, a pessoa precisa equilibrar a rotina para aproveitar os bons momentos da vida.

“Mas se eu tenho uma rotina de alimentação que eu consumo frutas, fibras? Faço meu arroz e feijão e eu me permito viver em uma tarde tão gostosa como essa, eu me permito fazer esse agrado meu corpo, claro que pode”, afirmou.

image Guaraná da Amazônia  (Reprodução/ Redes sociais)

Beber guaraná é sinônimo de lazer

Patrícia Lima, de 39 anos, é uma das donas de barracas de produção de guaraná na Praça Brasil. A vendedora, que trabalha há 20 anos com o produto, afirmou que o milkshake amazônico é mais procurado por visitantes, que desejam degustar o líquido no final da tarde, seja acompanhado da família, sozinhos ou entre amigos.  

“Durante uma das minhas vendas, já recebi um pedido inusitado de um cliente, que foi pedir para ser feito só com catuaba, e um outro, misturando açaí com cupuaçu. A gente avisa, mas cada um com a sua dor”, disse a barraqueira aos risos. 

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