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Greve dos rodoviários na Região Metropolitana de Belém pode estar perto do fim

Empregados e empregadores buscam acordo em reunião mediada pela Justiça do Trabalho

Eduardo Rocha

Reunidos desde o começo da tarde desta sexta-feira (28), rodoviários de Belém, Ananindeua e Marituba e representantes das empresas de ônibus urbanos mantêm a segunda rodada de negociações no segundo dia da greve dos empregados. A negociação entre as partes é intermediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT8).

Com novas propostas na mesa, os representantes dos sindicatos de rodoviários e de empresas estão analisando a possibilidade de conciliação para cancelamento da greve.

A proposta das empresas é: aumento de 2,5% a partir de 1º de outubro; manutenção das cláusulas sociais até abril de 2022; nova rodada de negociação em dezembro, para discutir reposição dos 7,5%.

Rodoviários devem avaliar a proposta dos representantes das empresas. Eles ainda não chegaram a um acordo, mas negociam uma proposta a ser levada para a assembleia da categoria. No entanto, os presidentes dos sindicatos dos rodoviários de Belém e também e Ananindeua e Marituba consideram de difícil aceitação pelos empregados. Funcionários e empregadores permanecem reunidos até o final da tarde desta sexta-feira. 

Negociação

Deflagrada nas primeiras horas de quinta-feira (27), a greve busca o aumento salarial dos rodoviários, que, segundo os dados trazidos, encontra-se defasado há mais de dois anos.

De acordo com o representante dos donos de empresas, Mário Tostes, as perdas causadas pela pandemia, inclusive com as decretações de lockdown em Belém e região metropolitana, impedem qualquer alteração no quadro atual, sob pena de fechamento de empresas e atrasos no cumprimento de compromissos já acertados.

Durante a audiência de hoje foram retomadas as propostas de acordo levantadas na reunião de quinta-feira, que não haviam logrado êxito, para nova análise e manifestação das partes. 

Reunião

Para o juiz do trabalho responsável pela condução da negociação, Antônio Oldemar Coelho, era fundamental que as partes conseguissem alcançar o acordo nessa segunda rodada, pelo bem da população, que já teve que lidar com diversos transtornos caudados pela ausência de transporte.

Na reunião iniciada nesta tarde, Gisele Góes, representante do Ministério Público do Trabalho (MPT), pediu ponderação dos empresários sobre a necessidade de que ofereçam algum avanço aos trabalhadores, que estão há mais de dois anos sem nenhum reajuste salarial. A procuradora sugeriu o pagamento de 2,5% em duas parcelas, 1,0% em setembro, e 2,5% em novembro, e não obteve sinalização positiva por parte da patronal..

Já Roberto Sena, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), ponderou acerca dos aumentos que ocorreram no valor da cesta básica, além do gás de cozinha, que impactam nas perdas salariais que já ocorreram com os dois anos sem reajuste.

Em um determinado momento da negociação, os trabalhadores colocaram nova proposta na mesa, abrindo mão do reajuste referente a perda salarial do ano passado, mantendo as do atual, o que representaria 7,5%, mas não foi aceita pelos empresários, em razão da impossibilidade de honrar com o compromisso.

Assim, tanto o magistrado como a representante do MPT pediram nova análise acerca da proposta de pagamento de 1,0% agora em setembro, 1,5% em novembro, com retomada de negociação em dezembro, esperando um cenário mais positivo em relação à pandemia.

Ambos reiteraram que as cláusulas sociais constantes da norma coletiva serão mantidas na integralidade, até abril de 2022, o que foi acatado pelos empresários.

Diante da ponderação dos presidentes dos sindicatos dos rodoviários, com relação ao pagamento parcelado do percentual colocado, o sindicato dos empresários ponderando inclusive as colocações novamente feitas pelo TRT8 e pelo MPT, com apoio do Dieese/PA, ofereceu a proposta de pagamento de 2,5% em parcela única, no mês de outubro, sentando para negociar novamente em dezembro.

Os rodoviários reivindicam 15% de reajuste salarial, incluindo perdas salariais ganho real, e mais reajuste dos valores do tíquete-alimentação, auxílio-clínica e do repasse ao centro de formação. A reunião online é coordenada pelo juiz do Trabalho Antônio Oldemar Coelho.

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Belém
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