Gestores escolares recebem capacitação para detectar sinais de câncer infantojuvenil, em Belém
A atividade foi realizada pela Superintendência da Primeira Infância, em parceria com a Semec e o Instituto Casa Ronald McDonald

A Prefeitura de Belém promoveu, na manhã desta terça-feira (10), uma formação voltada para a detecção precoce do câncer infantojuvenil entre alunos da rede municipal de ensino. A ação reuniu gestores escolares no auditório da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semec), com o objetivo de sensibilizar e capacitar profissionais da educação sobre os sinais e sintomas da doença. Uma nova rodada da formação está prevista para o próximo dia 13 de junho, desta vez voltada para os gestores das escolas particulares. O encontro será realizado no auditório da Secretaria Municipal de Governo (Segov), localizado na avenida Almirante Barroso, 1312, bairro do Marco.
De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde, 400 mil crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer por ano em todo o mundo. No Brasil, o número chega a 7.930 casos anuais, tornando-se a principal causa de morte na faixa etária de 1 a 19 anos.
A atividade foi realizada pela Superintendência da Primeira Infância, em parceria com a Semec e o Instituto Casa Ronald McDonald em Belém. O curso “Sensibilização do Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil” visa qualificar os profissionais da educação para identificar sintomas que, muitas vezes, se confundem com condições comuns da infância e adolescência, e encaminhar os casos suspeitos para avaliação médica.
Para o assistente social Cleiton Lopes, do Instituto Ronald McDonald, o ambiente escolar é estratégico para essa detecção, uma vez que os alunos passam boa parte do tempo na escola. “Às vezes a criança tem uma conexão até maior com o professor de confiança, ou mesmo a merendeira ou agente de portaria conseguem chegar em um diálogo com esse aluno que os pais, por conta do trabalho ou por conta de uma rotina exaustiva, não conseguem”, afirmou.
Lopes destacou ainda a importância da comunicação entre escola e família. “É necessário que o profissional de educação esteja preparado para observar as mudanças na saúde desse estudante que pode estar apresentando sintomas de algum tipo de câncer”, pontuou.
A diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil Maria Clemildes Luanda Maia ressaltou o impacto da formação. “Um programa desse porte, que vem trazer informação sobre a saúde dos nossos estudantes, mostra o cuidado que a Prefeitura tem com os nossos alunos e, ao mesmo tempo, nos é dado uma bagagem para identificar e informar sobre essa doença”, avaliou.
Encerrando a formação, a superintendente da Primeira Infância de Belém, Flávia Marçal, reforçou o compromisso com a articulação intersetorial para fortalecer o atendimento na educação infantil. “Nós estamos aqui para construir essa ponte com vocês. Eu costumo dizer que ninguém faz nada sozinho. Para mim, que venho da sociedade civil organizada, mais do que nunca tenho a obrigação de trazer para a gestão pública tudo aquilo que aprendi: uma delas é a escuta, o outro é o trabalho em conjunto e o terceiro é não esquecer que a ciência é uma força motriz da transformação”, concluiu.
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