Fortes chuvas provocam transtorno em trânsito e ruas alagadas em Belém; vídeo

Tráfego ficou lento em vários trechos da cidade e carros de passeio perderam placas no aguaceiro

Valéria Nascimento

Nesta terça-feira (23), duas fortes pancadas de chuva, entre a tarde e a noite, provocaram diversos alagamentos e transtornos na capital paraense, Belém.  Bairros como o da Cremação, Jurunas, Terra Firme e Condor, apresentaram vários quarteirões inundados, obrigando as pessoas a pararem para esperar a água suja escoar. Muita gente, porém, preferia tirar os sapatos e encarar o aguaceiro nas calçadas e meio-fio das vias. Era difícil atravessar as ruas.

Na avenida Alcindo Cacela esquina com a Mundurucus, o alagamento de uma ponta a outra do trecho, causava a perda de placas dos veículos. O flanelinha do setor, Ronaldo da Silva, de 47 anos, acostumado com a situação estava de olho na queda das placas, para achá-las e faturar um dinheiro extra. Só nesta terça-feira, ele achou oito placas e faturou 60 reais dos donos dos carros.

"Eu trabalho aqui há 12 anos, como guardador de carro. Hoje, um rapaz me deu 20 reais e agora a moça me deu mais 40.  Eu passo o pé no asfalto e acho as placas, o meu colega também achou outras placas", contou Ronaldo, sorrindo. Ele mora no bairro do Jurunas.

Dona de casa recupera placa de carro

A reportagem presenciou o momento em que a dona de casa, Lígia Ataíde, apareceu na companhia de um adolescente, procurando saber se alguém havia encontrado a placa do carro dela. Moradora da BR-316, em Ananindeua, ela contou que veio a Belém, por volta das 17h, para deixar a mãe num porto da avenida Bernardo Sayão, para uma viagem ao Marajó.

"Depois que eu deixei a minha mãe no porto, voltei para o carro e vi logo que não tinha mais a placa da frente, eu sabia que tinha sido neste perímetro", disse Lígia, que não demorou a encontrar o flanelinha Ronaldo. Ela deu R$ 40,00, como retribuição pela entrega da chapa e não reclamou. "Falaram que uma placa está custando uns R$ 200, 00, né", palpitou a dona de casa.

Na Ruas dos Pariquis com a travessa Quintino Bocaiúva, carros baixos passavam com dificuldade devido aos alagamentos. Também foram registrados transtornos para circular pela travessa 14 de Março, até em áreas mais centrais, como no bairro de Nazaré.

Driblando as poças d'água

Ainda, na avenida Alcindo Cacela, na Cremação, a diarista Célia Pantoja, ao sair do trabalho por volta das 19h, tentava driblar as poças d'água nas calçadas. "Estou saindo da Caripunas para o Telégrafo, onde moro. Quinta-feira passada foi a mesma coisa, só que hoje eu vou dar a volta, vou chegar mais tarde em casa, para não meter meu pé nessa água, que eu não sei o que tem aí", disse ela.

Célia Pantoja explicou que se tudo estivesse seco, ela andaria pela Alcindo Cacela até à avenida Nazaré, onde tomaria o ônibus CDP ou Pratinha, para chegar no Telégrafo, mas com parte das quadras submersas, na Alcindo Cacela, ela seguiu para a Mundurucus, 9 de Janeiro até poder pegar um ônibus que a levasse para casa.

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