Famílias voltam a se reunir no Natal, após ficarem afastadas durante a pandemia

Com o avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil, é comum que familiares queiram se reencontrar para celebrar o Natal uns com os outros, após quase dois anos da pandemia do coronavírus. Em Belém, a Família Pacheco reunirá para a ceia do dia 24 de dezembro parentes que residem no Rio de Janeiro e em Brasília, depois de um longo período marcado por poucos abraços e várias chamadas virtuais. A festividade natalina deles também marca um novo encontro do pequeno Davi Pacheco Batista, de 3 anos, com a avó Riza Marcia Pacheco, 73 anos. 

As reuniões no Natal são comuns entre os Pacheco, no entanto, por conta da distância geográfica e do surgimento do coronavírus, a celebração do ano passado não contou com a participação da maioria dos familiares em uma única residência. Pelo fato das pessoas idosas fazerem parte de um grupo de risco da covid-19, os filhos de Riza Pacheco redobraram os cuidados com a matriarca, seguindo todas as recomendações e medidas preventivas respaldadas pelas autoridades de saúde. 

Simone Pacheco, 41 anos, filha de Riza, lembra que a mãe sempre fez questão de ver o neto. Ela também ressaltou que o sobrinho Davi, apesar da pouca idade, demonstra bastante afeto pela avó. “Eles se amam muito, a mamãe sempre se programa para passar o aniversário do Davi ao lado dele, que mora em Brasília. Ela é carioca, mas mora há 43 anos em Belém e, atualmente, passa um período no Rio de Janeiro e depois volta para cá [Belém] novamente. Vai ser um novo encontro deles neste Natal”, disse Simone. 

Os Pacheco aguardam ansiosamente pelos tradicionais momentos da realização da ceia de Natal, troca de presentes e adoração a Jesus Cristo. No entanto, eles garantem que não relaxam quando o assunto se trata dos cuidados preventivos de saúde, sobretudo, com o atual surto de vírus da influenza H3N2. “Graças a Deus todos da família já tomaram a vacina contra a covid-19, mas mesmo assim estaremos de máscara, exceto, logicamente, na hora da ceia, mas teremos álcool em gel, tudo direitinho para que tenhamos uma bela celebração em família”, afirmou Simone.

Cuidados com a saúde durante as celebrações de Natal - Joyce Freitas, coordenadora do curso de enfermagem da Universidade da Amazônia (Unama), reforça que as famílias não devem perder o costume de se cuidarem, pois a pandemia não acabou, por isso, continua sendo necessário o uso da máscara, a lavagem das mãos e a utilização do álcool 70. “Apesar da nossa vacina não cobrir essa variante, ela reduz de forma significativa, acima de 70%, os sintomas mais pesados. As pessoas que sentirem os sintomas devem procurar os postos mais próximos, já que à medida que essa vacina acabar, nós só teremos um próximo lote, possivelmente, no mês de abril”, prevê a especialista.

A enfermeira deu mais orientações para quem planeja visitar a família neste Natal. Primeiramente, ela orienta que pessoas com sintomas gripais não compareçam nesses locais de confraternização porque, normalmente, são espaços fechados, algumas das vezes com ar condicionado,  facilitando a circulação do vírus no ambiente. É aconselhado também evitar se expor aos principais deflagradores, como a mudança brusca de temperatura e o chuvisco, ou seja, as chamadas chuvas finas, e para reforçar a imunidade, ela recomenda o consumo de vitamina C.  

Joyce enfatiza sobre os cuidados com as  crianças e pessoas idosas, pois ambos possuem imunidade mais fraca se comparadas a jovens e adultos. “São populações que já têm a cobertura vacinal tanto da gripe quanto da covid-19 e, no caso das crianças, somente aqueles a partir dos 12 anos. É importante ressaltar que uma das maiores internações em crianças ocorre por causa de problemas respiratórios, por conta disso, os pais devem ter muito cuidado também com essa questão dos sintomas gripais”, finalizou.