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Família do turista paraense que morreu em tirolesa no Ceará processa dono do equipamento

Empresário foi indiciado por homicídio culposo, como parte do inquérito sobre a morte de Sérgio Murilo Lima de Santana

O Liberal
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A família de Sérgio Murilo Lima de Santana move processos nas vias cível e criminal contra o dono do equipamento tirolesa em que esse turista paraense morreu no Estado do Ceará, em 10 de outubro. Sérgio Murilo morreu após cair da tirolesa na Praia de Canoa Quebrada, em Aracati, no litoral cearense.

O advogado da família de Sérgio, João Pedro Monteiro, destacou que "os processos estão sendo movidos tanto na via cível, quando se busca uma reparação pelo prejuízo sofrido, tanto o econômico quando os morais, pelos abalos sofridos por um abalo tão grave, tão triste que vitimou um companheiro, vitimou um pai de família; bem como estão sendo movidos processos na via penal, de forma a responsabilizar por homicídio culposo os envolvidos na negligência que vitimou o senhor Sérgio Murilo".

Já foi concluída a investigação do inquérito relacionado à morte do turista. O proprietário da tirolesa, de 35 anos, que não teve a identidade revelada, foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segundo a Polícia Civil, o o procedimento policial foi remetido ao Judiciário no mês de novembro. 

De acordo com o advogado, houve negligência, pois as vigas de sustentação da tirolesa, que eram de madeira, não estavam bem enterradas, causando o colapso e a queda de Sergio Murilo. "O que se espera disso tudo é justiça e reparação que possa dar um conforto a família", afirmou João Pedro Monteiro. 

Traumatizante

Josy Lopes Gonçalves, esposa de Sérgio Murilo e que estava com ele no local do acidente, relatou que tem sido muito difícil retomar a rotina após tudo o que aconteceu. "Eu e minha filha [estamos] bastante abaladas. Bem difícil a gente seguir com a nossa rotina, nosso dia a dia é super difícil, mas a gente tá levando. Infelizmente", declarou Josy Lopes.

Josy havia descido da tirolesa momentos antes da queda do marido. O acidente chegou a ser registrado pelo próprio turista. A esposa dele também filmou o acidente e reforçou a questão da negligência no local. Josy destacou que "ma hora não tinha o cinto apropriado pra ele, então eles foram pegar na outra tirolesa. [...] Não passaram nenhuma informação de segurança na hora da gente descer". Sergio Murilo havia chegado com Josy seis dias antes do acidente.

"A gente estava num momento da nossa vida maravilhoso, então, ele não demonstrou medo algum. Até porque ele era bem acostumado a andar em tirolesa, a gente sempre viajava e ele sempre ia", contou Josy. Os equipamentos de tirolesa em Aracati permanecem interditados pela Prefeitura desde a morte de Sérgio Murilo.

A prefeitura informou que determinou "rigorosa avaliação técnica de cada um em parceria com órgãos técnicos, como Corpo de Bombeiros Militar do Ceará e Conselho Regional de Engenharia". Ainda segundo a gestão municipal,  "todos os equipamentos interditados permanecem assim, até liberação plena por todos os órgãos competentes, tanto municipais, quanto de regulação e fiscalização".

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Belém
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