Família diz que criança atingida por portão de escola segue em lenta recuperação
O caso ocorreu na sexta-feira (26), numa escola do bairro do Tenoné
O estado de saúde da garota de 9 anos atingida pelo portão em uma escola do bairro do Tenoné, na manhã da última sexta-feira (26), é considerado estável, mas a recuperação segue sendo lenta. A menina teve de comemorar o aniversário de 9 anos no hospital particular, no bairro do Marco, em Belém, onde permaneceu sob cuidados clínicos. Atualmente, a menina está em casa para obter melhoras dos ferimentos causados no acidente. As informações foram repassadas à reportagem de O Liberal nesta quinta-feira (31) pelo advogado Sávio Santiago, que representa a família da estudante no caso.
O boletim de ocorrência foi feito na Unidade Integrada ProPaz do Tenoné como lesão corporal dolosa, quando não há intenção do ato, no mesmo dia do incidente. A tia da criança foi a responsável por registrar a situação e contou que foi constatado pelos médicos que a criança teve fissura no crânio e edema no rosto, após exames laboratoriais. Além disso, ela ainda levou dez pontos na testa por conta do impacto com o portão.
Sávio contou que o acidente aconteceu durante uma atividade escolar dentro da unidade de ensino e que não afasta a responsabilidade da escola após a tragédia. “As crianças estavam participando de uma colagem de cartazes na quadra esportiva da escola com a supervisão de uma professora. As crianças teriam sentido falta de alguns cartazes e voltaram para a sala de aula para pegá-los. No caminho, as crianças passaram por um portão, de aproximadamente 100 quilos, que já estava em situação precária, e caiu sob a menina e ficou prensada contra o chão”, explica o advogado.
De acordo com ele, dois adultos prestaram socorro no momento, tirando o portão de cima da garota. “O Corpo de Bombeiros foi rápido e conseguiu fazer os primeiros socorros e a encaminharam para o Hospital Metropolitano. Ela não estava brincando ou se divertindo e sim numa atividade escolar. Mesmo que estivesse brincando, isso não afasta a responsabilidade da escola. Deveria ser um lugar que não afeta a integridade física das crianças”, disse Sávio.
Depois do acidente, o diagnóstico sobre os ferimentos que a criança tinha sofrido não veio de imediato. O advogado afirma que a menina foi liberada do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, e depois seu quadro de saúde piorou. A criança apresentou bastante dor e começou a vomitar sangue. Ela foi internada novamente, mas desta vez num hospital particular e liberada na segunda-feira (29). “Estamos construindo outros pontos de vista clínico e médico para tentar entender essa liberação dela. Essa tragédia poderia ter matado a criança e uma outra amiga dela”, comentou o responsável pela defesa da família.
Relembre o caso
Um vídeo do caso circulou nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas no começo da tarde de segunda-feira (29). Nas imagens é possível ver a menina sendo socorrida e levada do local em uma maca do Corpo de Bombeiros Militar do Pará.
A Secretaria Municipal de Educação (Semec) informou por meio de nota que o acidente com a criança ocorreu na sexta-feira (26), em horário de aula, durante uma exposição na quadra da Escola Municipal Paulo Freire. Segundo a pasta, as crianças estavam no espaço sob a responsabilidade da professora que ministra a disciplina.
O comunicado afirma ainda que a criança foi levada para o Hospital Metropolitano, onde fez exames com o acompanhamento da família e da diretora da escola, e que nenhuma fratura foi constatada. No atendimento foi identificado um corte na testa, que foi suturado, e a criança foi liberada.
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