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Sem muretas e manutenção, canais oferecem riscos em vários bairros de Belém

Em apenas uma semana dois acidentes foram registrados em locais diferentes da cidade. Moradores reivindicam melhorias.

Cleide Magalhães
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Há décadas, com ou sem chuvas, a maioria dos canais de Belém oferece riscos à população que vive em seus entornos. Muitos não possuem guarda-corpos de proteção, popularmente conhecidos como “muretas”. A falta se dá em parte ou toda a extensão dos canais, implicando riscos a pessoas e veículos. Das muretas que ainda restam, boa parte se encontra em péssimas condições, com ferragens em ruínas, sem reformas há anos.

Essas são algumas reclamações de moradores que vivem próximo ou às margens de canais como o da rua dos Mundurucus, que atravessa os bairros do Guamá e da Terra Firme; da Travessa 14 de Março, que cruza com o canal da rua dos Caripunas, o qual faz curva com o canal da avenida Generalíssimo Deodoro, envolvendo, assim, os bairro da Cremação e do Jurunas; e do canal José Leal Martins, que passa pelos bairros do Marco e parte de Canudos e da Terra Firme.

Na noite do último domingo (21), um carro de passeio caiu no canal da avenida Generalíssimo Deodoro com a rua dos Caripunas, no bairro da Cremação.  “Não foi só esse carro que caiu aí, não. Vários carros já caíram. A situação é pior porque é fraca a iluminação à noite e não tem nenhuma sinalização informando que existe um canal. Os veículos vêm pela Generalíssimo direto, aí se deparam com uma curva e com o canal, então acho que nem sempre dá tempo de frear e passa direto pra dentro do canal. Já ocorreram acidentes com crianças e com animais também. É realmente perigoso e há precariedade devido não ter amparo ou muretas em praticamente em todo o canal. Isso é fundamental para evitar acidentes e precisamos desse serviço aqui”, solicita o eletricista autônomo Carlos Pacheco.

image No domingo, um carro caiu no canal da Generalíssimo (Igor Mota/O Liberal)

Pacheco diz que os moradores precisam também de pontes para atravessar os canais. As cinco que existem hoje foram feitas com madeiras usadas e pelos próprios moradores. “As pontes são necessárias também, porque as pessoas precisam atravessar de um lado para o outro do canal da rua dos Caripunas e aqui perto há escolas e as crianças precisam atravessar também”, afirma Pacheco, que tem 58 anos. Ele mora na margem do canal há mais de meio século.

O auxiliar de estúdio Arnaldo Fonseca, 52 anos, também mora na área há mais de 30 anos. Ele reitera que os riscos são constantes. “Todo final de semana acontece acidente aqui e mais com carro, porque quem vem a pé, de bicicleta ou de moto ainda consegue frear. Mas quem vem de carro não consegue e passa direto da Generalíssimo e cai na vala. Só em 2020 já caíram uns quatro carros. Quando a pessoa cai perde o carro e o pessoal aqui socorre. A parte que deveria ter mureta é toda perigosa, porque ou não tem a mureta ou está quebrada e em ruínas. Precisamos também de pontes. Precisa nosso governante vir pra cá, dar uma olhada e colocar proteção, sinalização e boa iluminação”, pede Fonseca.

Na manhã de quarta-feira (24), um casal que trafegava em uma ponte de concreto no canal da rua dos Mundurucus com a travessa Francisco Monteiro, no bairro do Guamá, perdeu o controle do veículo e foi parar dentro do canal da Mundurucus.

image No canal da Mundurucus, a precariedade salta aos olhos (Igor Mota/O Liberal)

A esteticista Vanessa Souza, 36 anos, conta que a situação da ponte piorou depois que parte dela cedeu, há alguns meses. “Nunca tinha visto antes a queda de veículos aqui nessa ponte, por onde passam pessoas a pé, de bicicleta e de moto. Mas, como parte da ponte cedeu para dentro do canal, realmente ficou ruim e vai gerar mais acidentes com qualquer pessoa. Até porque ficaram expostas ferragens e isso pode furar a perna ou outra parte do corpo de alguém. Agora fiquei com medo de passar”, diz Vanessa, que caminha pela ponte todos os dias para ir à feira.

Além disso, boa parte do canal da rua dos Mundurucus está sem muretas e apresenta problemas de iluminação pública. “Esse canal está bem abandonado. A parte lá pro final também não tem muretas é escuro e ocorrem acidentes com motos, principalmente. Desde que fizeram esse canal nunca teve reforma. O risco é iminente. Quando chove é pior ainda. Seria bom a prefeitura resolver isso”, solicita Vanessa, que está desempregada e mora em uma área próxima do canal desde criança.  

Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que está realizando um cadastro técnico de todos os guarda-corpos de proteção dos canais de Belém, para que seja feito um plano de trabalho para recuperação e manutenção das estruturas.

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