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Explosão simulada prepara Exército e forças de segurança para atuar em situações de crise na COP 30

O exercício destaca a prontidão e a capacidade operacional de militares, que fazem parte do Comando Operacional Conjunto Marajoara

Dilson Pimentel e Gabriel Pires
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Em preparação a situações de crise, um exercício simulado de explosão e incêndio foi realizado na manhã desta terça-feira (28) no Shopping Grão-Pará, em uma iniciativa do Comando Militar do Norte (CMN). Brigadistas e funcionários de segurança do empreendimento participaram de uma demonstração interagências que também envolve diversos órgãos de segurança pública e de saúde. Helicópteros também fazem simulações de resgate às vítimas, com apoio de ambulâncias - simulando uma ocorrência real.

O coronel Márcio Weber, chefe da terceira sessão do Comando Militar do Norte e coordenador da atividade, explicou que o exercício simulado é focado na 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), mas que a importância desse treinamento se estende a diversos eventos e ocasiões. Ele detalhou que, em um cenário de explosão e incêndio, as capacidades militares do exército brasileiro podem ser empregadas para apoiar a sociedade na resolução desse tipo de incidente.

“Simula-se uma explosão com múltiplas vítimas, a qual vai gerar um incêndio de grandes proporções. O shopping não tem capacidade para debelar esse incêndio. O exército vai colaborar com um caminhão-tanque no atendimento às vítimas e com o atendimento pré-hospitalar na triagem para as vítimas”, detalha o coronel.

A simulação conta com a participação do Exército Brasileiro, Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Corpo de Bombeiros Militar do Pará, Polícia Militar do Pará, Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), Polícia Civil, Polícia Científica, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade Urbana (Segbel), Defesa Civil e Cruz Vermelha.

Explosão simulada prepara agentes para atuar na COP 30

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image Coronel Márcio Weber, chefe da Terceira Sessão do Comando Militar do Norte (CMN) e coordenador da atividade realizada no shopping nesta terça-feira (Foto: Ivan Duarte/O Liberal)

“É um treinamento com protocolos para esse tipo de ocorrência. A gente aproveita a COP 30 para facilitar a união desse pessoal. Estamos com o Comando Operacional do Conjunto Marajoara, que pode atuar integrando todas essas agências em prol desse incidente. Aproveitamos para treinar os protocolos caso uma ocorrência de fato aconteça. Claro que a gente não quer que aconteça, mas, se ocorrer, esses protocolos já estarão treinados para sanar o incidente”, afirma o coronel Márcio Weber.

Entre os participantes da simulação estava o coronel médico do Exército Ângelo Barletta, diretor do Hospital Geral de Belém (HGB), responsável por coordenar o apoio de saúde dentro da estrutura militar. Ele explicou que a área médica do Exército integra o plano de ação do Comando Militar do Norte, dentro do contexto da Operação Marajoara, voltada à segurança da conferência. “O Exército, juntamente com seu efetivo de saúde, atuará integrando as tropas do Comando Militar do Norte, com um apoio logístico de saúde dentro da Operação Marajoara. Nesta simulação, o nosso papel é integrar com outras agências o efetivo de saúde, em um acidente com múltiplas vítimas, testando o nosso preparo e a celeridade no atendimento”, explicou o coronel Barletta.

Ele destacou ainda a importância da ação conjunta com outros órgãos, como o Samu, Corpo de Bombeiros e Cruz Vermelha, para garantir que o socorro seja rápido e eficiente. “Esses treinamentos são fundamentais porque nos permitem avaliar o tempo de resposta, o fluxo de evacuação das vítimas e a integração entre as equipes. O objetivo é garantir que, se algo ocorrer, todos saibam exatamente o que fazer e como agir”, concluiu o médico militar.

Trabalho será legado permanente para a PM, diz coronel

A Polícia Militar do Pará (PMPA) também desempenhou papel central na atividade. O coronel PM Ariel Sampaio, chefe do Estado-Maior-Geral da corporação, ressaltou que os treinamentos de preparação para eventos críticos estão sendo realizados há mais de um ano. “Esse tipo de exercício visa preparar as forças de segurança para ocorrências de alta complexidade, que envolvem grandes aglomerações de pessoas. Esse trabalho vem sendo realizado dentro da corporação desde o ano passado e será um legado permanente para a Polícia Militar”, afirmou.

image O coronel PM Ariel Sampaio, chefe do Estado-Maior-Geral da corporação, ressaltou que os treinamentos de preparação para eventos críticos estão sendo realizados há mais de um ano (Foto: Ivan Duarte/O Liberal)

Ainda segundo o coronel Ariel, o exercício desta terça-feira envolveu uma simulação de ocorrência de alta complexidade, que exigiu a atuação conjunta de todas as forças públicas, incluindo Exército, Força Aérea, Corpo de Bombeiros, Samu e Polícia Civil. “Cada instituição atua dentro dos seus protocolos e ritos, para que o atendimento ocorra no menor tempo possível e dentro do padrão aceitável à população paraense. Esse tipo de integração é o que garante eficiência em um evento do porte da COP 30”, acrescentou.
O oficial também destacou que o governo do Estado vem realizando uma série de investimentos estruturais e operacionais para fortalecer o sistema de segurança. Entre as aquisições recentes estão carros blindados, viaturas específicas, equipamentos de raio-x para detecção de explosivos, trajes antifragmentação e outros recursos de última geração.

“Além disso, a corporação está com um curso de formação em andamento, o que permitirá reforçar o efetivo na capital. Policiais do interior também serão deslocados para Belém, de modo a garantir o apoio necessário durante a conferência, quando a capital paraense se tornará a capital do mundo”, observou Sampaio.
O coronel destacou ainda o compromisso da instituição com o serviço à população: “A Polícia Militar está sempre pronta para atuar quando o povo paraense precisa. É um patrimônio do povo e estará presente, com toda a sua estrutura e preparo, durante a COP 30”, concluiu.

Papel da Defesa Civil de Belém

A Defesa Civil de Belém também teve participação fundamental no exercício. O superintendente Vitor Magalhães explicou que o órgão atua como articulador e coordenador da área de risco em situações de emergência. “A Defesa Civil tem um papel essencial: identificar, gerenciar e coordenar a área de risco do incidente, garantindo que as forças de resposta possam atuar de forma segura. Nosso trabalho é permitir que o atendimento e o resgate ocorram de maneira ordenada e eficiente”, destacou.

Durante o simulado, a Defesa Civil foi responsável pela organização da área de acolhimento das vítimas, estabelecendo zonas de classificação (verde, amarela e vermelha) em parceria com a Cruz Vermelha e o Samu, de acordo com o grau de gravidade dos ferimentos. “Essa integração entre município, estado e governo federal é fundamental. Ela mostra que Belém está preparada para responder a qualquer tipo de situação, seja um incidente com múltiplas vítimas ou outro evento de grande proporção”, ressaltou Magalhães.

O superintendente lembrou que a Defesa Civil já tem experiência em ocorrências que exigem coordenação semelhante, como o Círio de Nazaré, considerado o maior evento religioso do Brasil. “O Círio acaba sendo um exemplo de evento com múltiplas vítimas, porque há casos de pessoas passando mal e situações que exigem atendimento imediato. A diferença é que aqui simulamos uma explosão, mas a lógica de resposta é muito semelhante”, explicou.

Segundo ele, o simulado reforça que Belém está pronta para sediar um evento de dimensão mundial como a COP 30. “Não é apenas a Defesa Civil, mas a união de todas as forças de segurança pública trabalhando juntas. Essa integração é o que vai garantir uma conferência segura, bem coordenada e com capacidade de resposta imediata a qualquer incidente”, finalizou Magalhães.

 

 

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