“Esperança”, dizem pessoas de 1988 e 1989 sobre vacinação contra a Covid-19, em Belém
O movimento foi intenso no Cassazum, um dos postos de vacinação, nesta manhã, mas sem demora ou fila de espera.
Esperança. Essa foi a palavra que algumas das pessoas nascidas em 1988 e 1989 que estavam no Cassazum, na manhã deste sábado, descreveram o momento da vacinação. A primeira dose contra a Covid-19 em Belém já foi aplicada em 655.839 belenenses, segundo dados da prefeitura, e 250 mil já receberam a segunda dose. Mas, devido à baixa procura pela vacina nos pontos de vacinação, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sesma) ampliou o atendimento de hoje para os nascidos em 1990. A vacinação vai até às 17h.
Fábio Souza, 31 anos, atua na área administrativa de uma rede de planos de saúde em Belém e conta que o momento era de nervoso e emoção. “Esperei por muito tempo, porque meus pais têm risco muito alto da doença, meu pai teve AVC, é hipertenso. Fico nervoso porque a gente vê reportagem, né, de reações, mas chegou meu dia e graças a Deus vai dar tudo certo, tem que ter fé. É uma esperança”, diz.

A namorada dele, que também trabalha no mesmo cargo e local, é de 1992, e não esconde a ansiedade para que chegue a sua vez. “Eu não vejo a hora. Eu não era de sair muito de casa, mas com a pandemia piorou muito e a gente trabalha com isso, né, saúde, então vimos de perto a pandemia, muito difícil”, afirmou Larissa Pereira, de 28 anos.
A pedagoga Danúbia Barbosa é de 1989 e considera um alívio poder se vacinar, embora registre que não é uma garantia total de imunidade. “Mas a gente depende disso, né? Para voltar um dia à normalidade. Moro com a minha mãe e meu pai e tinha muito receio, porque minha mãe tem câncer. Então, pela resistência baixa, foi um momento muito crítico, tínhamos medo de pegar, passar para ela e agravar”.
Para a engenheira agrônoma Kelly Lisboa, de 32 anos, a palavra de ordem é esperança. Ela acredita que, por mais que tenha utilizado o tempo em casa para aproveitar a família, essa é uma chance de vida para muitos. “Foi um momento só em família, foi importante porque ficamos mais tempo juntos e pude participar mais da vida dos meus filhos, principalmente meu bebê que agora tem dois anos. Tenho esperança que tudo isso vai melhorar e, com a vacina, vamos renovar a vida. Meu marido perdeu um primo, de 48 anos, que não teve a chance de se vacinar e, se tivesse tido a oportunidade, com certeza ainda estaria entre nós. Então isso é renovação da nossa esperança”, concluiu.
A cunhada de Kelly, Meline Lisboa Pereira, já atribui outra palavra ao momento: gratidão. “Principalmente por ter tido essa oportunidade que muitos não tiveram. Tivemos muitas perdas em função da Covid-19 e por outras doenças. Ter chegado a esse dia é muito bom. Mas é continuar se cuidando, né? Mesmo vacinados, continuar se protegendo”, finalizou a contadora.
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